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Aftosa

Polícia suspeita de contrabando

Eldorado, MS (Das Agências) – Os policiais do Departamento de Operações de Fronteira (DOF) encontraram em uma propriedade rural em Japorã (MS) cabeças de gado possivelmente trazidas do Paraguai. Uma das possibilidades para a origem do foco de aftosa em Mato Grosso do Sul – levantada pelo governador José Orcílio dos Santos, o Zeca do PT – é que a doença pode ter vindo de gado contrabandeado do Paraguai. "Pelas marcas encontradas no gado periciado, há fortes indícios de que tenha vindo do Paraguai. As marcas (no couro do gado) fogem à regra das marcações brasileiras’’, disse o delegado Antônio Carlos Videira, do DOF. Segundo ele, normalmente as marcas brasileiras são menores do que as marcas feitas no país vizinho. "Não é uma regra, mas geralmente as marcas paraguaias são até duas vezes e meia maiores do que as brasileiras’’, disse Videira. Para identificar a origem dos animais, os policiais fizeram o registro das marcas impressas no couro de cerca de 900 cabeças de gado de uma fazenda em Japorã. A partir de hoje os peritos do DOF irão confrontar as marcas colhidas nos animais com as registradas na ficha sanitária dos produtores brasileiros. Só Japorã tem 40 km de fronteira seca com o Paraguai, com propriedades rurais ao longo da área.

As autoridades sanitárias do Paraguai negaram que exista contrabando de gado na fronteira. O país foi certificado pela OIE (Organização Mundial de Saúde Animal) como zona livre de aftosa com vacinação em janeiro. Segundo Videira, o DOF realizou 17 apreensões de gado na fronteira entre 2003 e 2005. Na Polícia Federal, correm inquéritos para apurar introdução ilegal de rebanhos no Estado. De acordo com a corporação, os rebanhos que são apreendidos em estradas de MS transitavam com documentações falsas.

O governo paraguaio passou a usar a força aérea para fiscalizar a região de fronteira com o Brasil. Segundo o coronel Miguel Angel Aquino, comandante da 41.ª Região Militar, helicópteros e aviões são utilizados para impedir que o gado brasileiro atravesse a fronteira. Ele negou a existência de aftosa no lado paraguaio. "O que sabemos até agora é que o foco surgiu em Eldorado, no Brasil. O resto é especulação."

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