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O artigo de hoje é sobre as famosas dinâmicas de grupo. Gostando delas ou não, muitos profissionais que almejam participar de um processo seletivo de trainees, por exemplo, provavelmente terão que enfrentar uma ou mais. Outras situações que também se aproveitam dessas atividades são: elevação funcional (para promover um ou mais funcionários internamente), contratação de profissionais da área comercial, treinamentos, etc.

As dinâmicas de grupo têm como objetivo avaliar critérios comportamentais específicos, valores e potencial dos participantes. Alguns avaliam se o profissional se comunica bem, se sabe se comportar em situações de pressão, se é ágil em tomadas de decisão, entre outros. Quando bem aplicados, revelam muito sobre os participantes, como um todo ou como indivíduos, possibilitando aos avaliadores reconhecer quem está mais apto a exercer determinada função, nos casos de promoções e trainees.

A história que contarei hoje é sobre Roberto, filho de um ex-colega de trabalho, que participou de um processo seletivo de uma multinacional. No ano em que participou, essa empresa abriu vagas de trainee para, além de recém-formados, estudantes (o que é bastante incomum). Roberto aproveitou a oportunidade, ainda cursando o segundo ano de faculdade de Contábeis – o que acreditava ser uma desvantagem em relação aos já graduados. Mesmo assim, decidiu tentar.

Passou na primeira fase, que correspondia a atividades on-line de inglês e lógica. Após outras etapas, foi convidado para participar de uma dinâmica de grupo na própria empresa. Chegando lá, foram separados em grupos de quatro pessoas. A tarefa era analisar, resolver e opinar sobre um case dado e, depois, apresentar as conclusões aos demais. Roberto e sua equipe discutiram e debateram sobre o caso e montaram uma apresentação, dividindo-a em quatro partes, sendo que cada integrante seria responsável por explicar uma delas.

Entretanto, desde o momento em que iniciaram o trabalho, uma das candidatas de seu grupo quis tomar o controle da situação e da apresentação, não abrindo muito espaço para os outros expressarem suas opiniões. Com alguma dificuldade, conseguiram finalizar a montagem de slides e, quando chegou a vez de seu grupo, começaram a apresentar.

Roberto era o penúltimo do seu grupo a falar e a garota "controladora" foi a primeira, mas não deixou mais ninguém apresentar devidamente. Ela interrompia constantemente, tentando "mostrar serviço" e provar que era melhor que seus colegas. Porém, na segunda vez que interrompeu Roberto, ele parou a apresentação e dirigiu-se a ela dizendo: "Com licença, mas você já apresentou a sua parte. Eu gostaria de ter a oportunidade de apresentar a minha também".

Isso foi o suficiente para ele dar continuidade com o conteúdo que tinha para apresentar, e provavelmente tenha sido a atitude que o ajudou a conquistar uma das vagas de trainee.

Talvez, nesse caso, os avaliadores tenham visto a capacidade de relacionamento de Roberto, que, com muita educação e inteligência emocional, conseguiu contornar uma situação delicada. Ele tomou uma decisão e agiu rapidamente, com a postura profissional que o momento exigia.

Se esse assunto é de seu interesse, não deixe de conferir as dicas sobre dinâmicas de grupo no artigo de terça-feira. Até lá!

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