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O líder da Minoria na Câmara, José Carlos Aleluia (PFL-BA), disse nesta segunda-feira que há um movimento de desestabilização do ministro da Fazenda, Antônio Palocci, que partiria da própria base do governo, e não da oposição. Segundo ele, um grupo de petistas tendo à frente a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, aproveita a crise para desestabilizar a área econômica e dar um tom populista ao governo Lula, o que facilitaria sua reeleição. Aleluia defendeu a investigação das denúncias contra o governo, inclusive as que envolvem Palocci, mas criticou a postura de setores do próprio governo em desacreditar a política econômica.

- Está claro nas críticas da chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, ao ministro Palocci, que segmentos do governo petista querem implantar o populismo no país, numa tentativa desesperada de devolver a Lula alguma chance nas eleições do próximo ano. Esses setores aproveitam a falta de liderança do presidente Lula para desestabilizar a única área do governo que funciona razoavelmente, apesar de extremamente conservadora - disse Aleluia.

O líder afirmou que o suposto processo de desestabilização de Palocci não parte da oposição, mas da própria base governista, com o chamado "fogo amigo".

- A campanha contra Palocci vem de longe. José Dirceu, quando ministro, batia forte na política econômica. O vice-presidente José Alencar criticava antes e continua condenando os rumos da política econômica - disse Aleluia.

O pefelista diz não haver dúvida de que a inexistência de unidade e de comando no governo, que teria sido exacerbada nos últimos dias pela entrevista de Lula ao programa "Roda Viva", ampliou a crise.

- Depois de defender a tese de que todas as denúncias de corrupção no seu governo têm que ser investigadas, Lula foi flagrado tramando a retirada de assinaturas favoráveis à prorrogação da CPI dos Correios. O desastre foi maior porque os governistas acabaram derrotados ao procurar abafar as investigações - afirmou Aleluia.

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