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O IBGE informou que a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de setembro foi de 0,35%, acima da taxa de agosto (0,17%). Sozinha, a gasolina causou um impacto de 0,14 ponto porcentual e foi responsável por 40% do IPCA do mês passado.

Na média, o consumidor passou a pagar mais 3,36% por litro do combustível. O resultado reflete parte do reajuste de 10% nos preços de venda nas refinarias anunciado pela Petrobrás em 10 de setembro, o primeiro reajuste do ano. De janeiro a agosto deste ano, sob influência do álcool que ficou 12,00% mais barato, os preços da gasolina caíram 0,56%. No entanto, nos meses de julho (2,05%), agosto (1,58%) e setembro (1,41%) foram registrados aumentos nos preços do álcool por causa dos reajustes praticados no atacado.

O IPCA é o índice usado pelo Banco Central (BC) como parâmetro do sistema de metas de inflação. A meta estabelecida para o ano pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) é de 4,5% com margem de erro de 2,5 pontos percentuais para mais ou para menos. O BC, no entanto, anunciou no início do ano que trabalharia com a meta ajustada de 5,1% para 2005.

Com o resultado de setembro, o IPCA acumula 3,95% no ano, percentual inferior ao registrado no mesmo período de 2004 (5,49%). Nos últimos 12 meses, o índice acumula 6,04%, próximo à taxa dos 12 meses imediatamente anteriores (6,02%), já que em setembro do ano passado (0,33%) a taxa mensal foi semelhante à atual.

Com a alta dos combustíveis e de outros itens importantes, o grupo de produtos não alimentícios passou de 0,43% em agosto para 0,52% em setembro e acumulou 4,95% no ano. Um dos itens importantes foi o salário dos empregados domésticos que registrou alta de 1,82%, mostrando reflexos do aumento do salário-mínimo ocorrido em maio, quando o valor passou de R$260 para R$ 300.

Em setembrom segundo o IPCA, as contas de água e esgoto subiram, em média, 2,08%, apesar do desconto concedido pela empresa do Rio de Janeiro, onde foi registrada queda de 3%. O resultado foi influenciado pelos aumentos nas regiões metropolitanas de São Paulo (7,46%) e Belém (3,35%).

O índice de setembro foi influenciado, ainda, pelas passagens aéreas (2,96%), condomínio (1,21%), automóveis usados (1,01%) e plano de saúde (0,96%).

Os produtos alimentícios tiveram deflação de 0,25% e mantiveram a trajetória de queda pelo quarto mês consecutivo. Só que em menor intensidade na comparação com os três meses anteriores (junho, -0,67%, julho, -0,77% e agosto -0,73%). O resultado do mês foi influenciado pelo frango, que ficou 2,85% mais caro, além do café (1,75%) e das carnes (0,99%).

Entre as regiões pesquisadas, os maiores índices foram registrados em Recife (0,48%) e São Paulo (0,47%). Em Recife, o resultado foi influenciado pela alta da energia elétrica (5,77%), remédios (1,30%) e salários dos empregados domésticos (3,45%). Em São Paulo, o destaque ficou com a taxa de água e esgoto (7,46%), além dos alimentos (0,02%), que mostraram relativa estabilidade. Goiânia (-0,06%) registrou o menor índice.

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