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'Equipes de paralisação'

Bancários querem aumentar adesão no segundo dia de greve

Os bancários de todo o país entram no segundo dia de greve nacional da categoria nesta sexta-feira. O objetivo do movimento é centralizar as manifestações do dia nos bancos privados, principalmente no Bradesco e Itaú. Foram formadas "equipes de paralisação" para tentar aumentar a abrangência da greve.

Os números do balanço de greve do Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região mostram que, de um total de 360 agências, 47 agências bancárias paralisaram suas atividades nesta quinta-feira. A maior ação aconteceu pela manhã no prédio administrativo do HSBC, no bairro Vila Hauer. Os grevistas formaram um cordão humano para impedir que os funcionários trabalhassem.

A manifestação só terminou quando um oficial de Justiça compareceu no local com um interdito proibitório, que obrigava o sindicato a liberar aqueles que queriam trabalhar. "O clima ficou tranqüilo depois do meio-dia. O pessoal fez muito barulho de manhã, mas a nossa classe é muito desunida. Assim não conseguiremos nada, a não ser os míseros 4% oferecidos pelos patrões", afirmou um funcionário do HSBC que prefere não se identificar.

Alguns funcionários do HSBC iniciaram suas jornadas de trabalho às 23h de quarta-feira. "Existe um plano de contingência na empresa. Sempre quando há a ameaça de greve, funcionários são convocados para manter serviços essenciais em funcionamento, como tele-atendimento, operações especiais, fraudes e atendimento ao cliente", disse o funcionário.

Além do prédio administrativo do Hauer, as sedes do Xaxim e Kennedy também ficaram paralisadas até o meio-dia. Os grevistas afirmaram que helicópteros foram usados pelo HSBC para transportar funcionários para as sedes do banco. "Pobres coitados. Ganham cerca de R$ 700 e nunca andaram de helicópteros. Você acha que eles vão perder esta chance?", disse uma das grevistas.

A Caixa Econômica Federal foi o banco público mais atingido. Segundo o comando de greve de Curitiba, 27 agências foram fechadas e dois prédios administrativos não funcionaram. "Nossa avaliação é positiva. Reunimos 8 mil companheiros e nosso movimento é forte, coeso e progressivo. Esperamos a adesão de mais pessoas com o passar dos dias", afirmou a presidente do sindicato da categoria, Marisa Stédile.

Numeros da Fenaban

A Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) minimizou o movimento de greve em todo o país. De acordo com a Fenaban, apenas 5% de todas as agências do país foram atingidas pela paralisação.

Nesta sexta, vão acontecer várias assembléias para decidir quais serão os rumos da greve. Os funcionários repudiam a proposta de 4% de reajuste, mais um abono de R$ 1 mil. Alguns funcionários ligados ao comando de greve afirmam que um acordo pode ser fechado se as partes acertarem um valor médio, de cerca de 8% de reajuste. Porém, apenas um dos bancos está inflexível e não aceita o aumento.

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