A ansiedade e euforia por estar próximo de arrumar um emprego não pode tomar conta da situação ou todo currículo e disposição para o trabalho podem ir por água abaixo durante a entrevista. Como conta a consultora de seleção Janete Knapik, da empresa curitibana Operativa Gestão de Pessoas, os candidatos devem estar calmos e serem eles mesmos. "Muitas empresas treinam as pessoas para entrevistas e elas agem de forma camuflada, tentam mostrar uma coisa que não são, só que depois não corresponde", afirma.

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Janete conta que muitos entrevistados cometem um grande erro ao responder aquilo que acham que o entrevistador quer ouvir, quando devem falar a verdade, pois mesmo que passem por essa etapa e sejam contratados, as características reais acabam aparecendo em algum momento. "A pessoa tem que ser autêntica. Muitos vêm com frases prontas, por exemplo, mas acaba entrando e contradição depois. E se começar a pregar mentirinha, como dizer que tem inglês fluente, perde-se a confiança", diz. A consultora Janete também recomenda que as pessoas conheçam um pouco da empresa antes da entrevista. "Isso demonstra interesse e comprometimento".

Outro ponto é o tempo. É importante tê-lo de sobra, ao invés de chegar ansioso, com pressa. "É bom procurar vir com tempo. Até porque quando a empresa gosta, acaba ficando mais tempo com o candidato", diz Janete. Falando ainda das horas, pontualidade também é fundamental. Candidato que atrasa em entrevista está mais propenso a ser um funcionário que não cumpre os horários na concepção das empresas. "Se atrasar, deve ligar avisando", orienta. A consultora recomenda ainda simpatia, sem exageros, e que o candidato seja comunicativo. "É bom não responder só sim ou só não e falar um pouco mais, mas também não exagerar", complementa.

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Entre muitos candidatos, existe o dilema da espera: ligar ou não ligar para saber como anda o processo de seleção. Há quem ache que deve ligar para demonstrar interesse e quem pense que a procura pode demonstrar ansiedade e ocasionar na desclassificação. Cada empregador avalia de uma maneira particular. No caso da empresa onde Janete trabalha, a primeira opção pode ser fator positivo. "Gosto quando a pessoa entra em contato, apesar de normalmente a empresa dar retorno. Mas quando liga todo dia atrapalha, ao invés de mostrar interesse mostra ansiedade. Pode ligar uma vez, duas vezes, mas não ligar mais", aconselha a consultora.

Figurino e comportamento contam pontos durante entrevista