Confirmando o período de forte volatilidade, o dólar à vista fechou em alta de 1,04% nesta quinta-feira, cotado a R$ 2,329 na compra e R$ 2,331 na venda. A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) recuava 0,07% às 17 horas, com 33.492 pontos.
A alta do dólar aconteceu após dois dias de baixa, provocadas pela presença mais "light" do Banco Central na compra de recursos externos. Desta vez, ajustes de última hora de bancos e principalmente de empresas foram determinantes para a pressão sobre a cotação. Segundo analistas, é esperada uma redução significativa no volume de negócios a partir desta sexta-feira, quando várias companhias concedem férias coletivas.
O cenário interno e externo permaneceu positivo, mas não ofereceu motivos para a queda do dólar. O Banco Central confirmou que a quitação da dívida de US$ 15,5 bilhões ao Fundo Monetário Internacional (FMI) será feita em duas parcelas, pagas entre esta quinta e esta sexta-feira. O Brasil também fará pagamento ao Clube de Paris. As operações de pagamento de dívida externa sugerem que o Banco Central continuará a comprar dólares no mercado.
Nesta quinta o BC vendeu 8.400 contratos de swap reverso, equivalentes a U$ 399 milhões. Na prática, a operação tem o mesmo impacto de uma compra de dólares pelo BC no mercado futuro. Mas o BC também comprou dólares no mercado à vista, como tem feito diariamente desde o início de outubro.
As projeções dos juros negociadas na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) fecharam em alta nos vencimentos mais curtos e em baixa nos mais longos. O principal evento do dia foi a divulgação da ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom).
A sinalização de continuidade do conservadorismo nos cortes de juros levou a um pequeno ajuste para cima nas taxas futuras. Ainda assim, o mercado trabalha com a probabilidade de corte maior que 0,5 ponto percentual na taxa Selic em janeiro.
O Depósito Interfinanceiro (DI) de abril de 2006 fechou com taxa de 17,36% ao ano, contra 19,36% do fechamento de quarta-feira. O DI de outubro teve taxa de 16,57% anuais, frente aos 16,54% anteriores. A taxa de janeiro de 2007 ficou estável, em 16,35%. Já a taxa de abril de 2007 recuou de 16,24% para 16,20% anuais. A taxa Selic é hoje de 18% ao ano.
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