O cenário interno positivo e a presença mais branda do Banco Central levaram o dólar a fechar em baixa de 0,50% nesta sexta-feira, cotado a R$ 2,207 na compra e R$ 2,209 na venda. Às 17 horas, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) subia 0,39%, aos 32.745 pontos. O risco-país marcava 325 pontos centesimais, com recuo de 3 pontos.

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No acumulado da semana, o dólar teve queda de 1,07% frente ao real. As compras de dólares do Banco Central foram mais agressivas, mas nem por isso impediram uma forte queda na semana. Um dos motivos para isso foi a virada de mês, que levou investidores "vendidos" no mercado futuro a puxar o dólar para baixo.

Depois de quatro dias consecutivos de leilões de "swap" reverso, o Banco Central não anunciou a operação para esta sexta. Esse motivo já foi suficiente para a abertura do dólar em baixa, que ganhou força com a confirmação de um dia tranqüilo e otimista nos mercados. À tarde, o BC comprou pequena quantidade de dólares, por até R$ 2,2055.

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Na mínima do dia, a cotação de venda chegou a R$ 2,196 (-1,08%). A redução do ritmo de baixa aconteceu principalmente depois do leilão de compra de dólares do BC, mas esse não seria o principal motivo da pressão.

- A cada final de tarde, aumentam as especulações sobre a possibilidade de o Banco Central anunciar leilão de "swaps" para o dia seguinte. Com isso, sempre há uma maior pressão no final do dia - disse o chefe de mesa de um grande banco.

As projeções dos juros negociadas no mercado futuro fecharam em baixa, um dia após a ata do Comitê de Política Monetária (Copom) indicar manutenção do conservadorismo na redução dos juros. A queda do Produto Interno Bruto (PIB), no entanto, leva o mercado a se preparar para uma queda maior da Selic.

O Depósito Interfinanceiro (DI) de julho fechou com taxa de 16,98% ao ano, contra 16,91% do fechamento de quinta-feira. O DI de outubro teve a taxa reduzida de 16,79% para 16,75% anuais. A taxa de janeiro de 2007 recuou de 16,66% para 16,63% anuais. A taxa Selic é hoje de 18,50% ao ano.

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