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Atualizado às 20h02

Depois do anúncio da confirmação de um foco de febre aftosa na cidade de São Sebastião da Amoreira, Norte do Paraná, as entidades querem uma solução imediata para o problema. O Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná - Sindicarne, não perdeu tempo e, nesta quarta-feira (7), afirmou que é a favor do abate sanitário nos 2.212 animais da propriedade. A Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep), em nota, não se posicionou sobre o abate, porém condenou a demora na solução do problema.

O sindicato, por meio do assessor econômico Gustavo Fanaya, informou que defende o sacrifício. "Não é justo, mas é o mais sensato", disse o assessor. "Já perdemos quase dois meses com esse impasse. Se não sacrificarmos, o problema pode perdurar por 18 meses", completou.

Fanaya se refere à conseqüência da decisão do governo do Paraná caso decida pelo abate sanitário, em frigoríficos, apenas dos animais com sintomas, com o aproveitamento da carne. Neste caso, o status de área livre de aftosa com vacinação seria recuperado somente em um ano e meio.

Se o Paraná optar pelo abate sanitário de todo o rebanho da propriedade, como defende o Sindicarne, independente do número de cabeças contaminadas, levaria o estado a recuperar o status em seis meses. Para isso é necessário que o gado abatido seja enterrado na própria propriedade para evitar o contato com outros animais.

Governo estadualEnquanto o Sindicarne defende o abate, o vice-governador e secretário da Agricultura do Paraná, Orlando Pessuti, ratificou nesta quarta-feira(7) que "não haverá abate de animais, como quer o Ministério da Agricultura". Pessuti manteve a posição do governo do Paraná de contestar o laudo e disse que ainda não foi informado oficialmente da situação, mas que manterá as barreiras sanitárias.

FaepO presidente da Faep, Ágide Meneguette, apela às autoridades federais e estaduais para que "resolvam as pendengas, versões desencontradas e meias-verdades ao lidar com a suspeita da doença no Paraná".

"O que os produtores rurais exigem", diz Meneguette, "é que o governo do estado e o Ministério da Agricultura cheguem a um consenso e dêem uma solução rápida e coerente. Não é admissível que se leve tanto tempo para apurar fatos e adotar as providências cabíveis previstas pela legislação brasileira e pelas normas internacionais", diz a nota.

NotificaçãoO documento que oficializa a descoberta de um foco de febre aftosa no Paraná, e que Pessuti aguarda, estava previsto para chegar à Superintendência Federal de Agricultura do Paraná nesta quarta-feira.

A garantia é do diretor do Departamento de Saúde Animal do Ministério da Agricultura, Jorge Caetano. "O documento está quase pronto e será encaminhado ainda hoje (quarta-feira)", disse Caetano. Até as 20 horas, o superintendente Valmir Kawalewski de Souza ainda não havia sido informado da notificação.

SeabA Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Paraná (Seab) afirmou que só tomará alguma providência - quanto ao abate ou não dos animais infectados -, quando tomar ciência do conteúdo do laudo.

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