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Sim ou não para armas

Está no ar a propaganda gratuita do referendo

A propaganda gratuita do referendo sobre a proibição do comércio de armas de fogo e munição no país estreou neste sábado, dia 1º, em rádio e televisão e promete acirrar o debate nas últimas semanas antes da votação em 23 de outubro. De olho na audiência, as duas frentes parlamentares fizeram propagandas diferentes para os dois horários de tevê, de 13h e de 20h30m, centrando fogo no horário noturno, quando a maioria dos telespectadores está assistindo a novelas e telejornais.

No programa de estréia, à tarde, a Frente Por um Brasil Sem Armas trouxe a apresentadora Angélica e os atores José Mayer e Maitê Proença para apresentar a campanha do sim, respondendo a argumentos contra o desarmamento. À noite, participaram os atores Lázaro Ramos, Marcos Palmeira e Regina Casé. Eles contaram que no Brasil existem 15 milhões de armas nas mãos de civis, que 76% das que estão com bandidos são nacionais e que boa parte delas um dia foi roubada do cidadão.

Eles também afirmaram que a posse de armas aumenta em 180 vezes as chances de uma vítima morrer em assalto. O principal argumento da propaganda do sim é que a proibição do comércio vai diminuir o uso de armas em crimes passionais, brigas de vizinhos e conflitos de trânsito.

Já a Frente Pelo Direito a Legítima Defesa trouxe uma entrevista com o presidente da frente, deputado Alberto Fraga (PMDB-DF), e mostrou debates realizados nas últimas semanas em entidades como a Academia de Polícia do Rio.

- As armas que os bandidos usam entram de forma ilegal e o governo não consegue acabar com o contrabando nem desarmar o bandido - disse Fraga.

À noite, a campanha pelo voto não centrou foco nos direitos do cidadão. Depois de mostrar vários momentos da luta pela democracia, como a queda do muro de Berlim; a manifestação de estudantes na Praça da Paz, na China; e o movimento das Diretas Já, no Brasil, a apresentadora Carmen Cestari afirma que proibir o comércio de armas é retirar um direito do cidadão. Ela diz que não pretende comprar armas, mas quer manter o direito de adquiri-las. O programa mostra pessoas que precisam de armas para segurança pessoal.

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