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Sonegação

Ex-funcionária da Daslu diz que esquema de subfaturamento funcionava há 9 anos

A empresária Maria Donata Meirelles, sócia de Eliana Tranchesi na loja Daslu, e uma ex-funcionária que não quis se identificar, prestaram depoimento ao Ministério Público Federal nesta terça-feira sobre as suspeitas que pesam contra o estabelecimento de crimes de sonegação fiscal, contrabando e evasão de divisas, entre outros.

O depoimento mais importante, segundo os procuradores, foi o da ex-funcionária, que contou ao Ministério Público que o esquema de subfaturamento de preços na Daslu funcionava há pelo menos nove anos.

Documentos apreendidos pela Receita Federal em operação da Polícia Federal realizada na loja julho também reforçam a suspeita de fraudes em importações de roupas e outros artigos de luxo.

Alguns documentos obtidos com exclusividade pelo SPTV mostram que em dezembro de 2003, a empresa americana de exportação Horace Trading vendeu à Daslu suéteres a US$ 84 a unidade. O negócio foi intermediado pela importadora Multimport, que no mesmo mês repassou à Daslu suéteres da mesma marca por um valor bem mais baixo - US$ 8,70 cada.

- Em princípio, a loja declarava à Receita Federal apenas um quinto do valor realmente pago pela mercadoria - afirmou o procurador Matheus Baraldi Magnani.

O depoimento de Maria Donata Meirelles não acrescentou muito à investigação do Ministério Público, já que ela negou qualquer participação nos negócios da Daslu. Donata Meirelles, que sempre foi apresentada em eventos da empresa como diretora internacional, sócia e braço direito de Eliana Tranchesi no empreendimento, disse aos procuradores ser apenas uma 'assessora'.

- Ela nunca assinou nada. Ela não exercia cargo de direção, era uma assessora somente - disse o advogado de Donata Meirelles, José Carlos Dias, acrescentando que sua cliente nunca negociou com fornecedores. O depoimento da empresária foi a portas fechadas. Na saída, a executiva não quis falar sobre a investigação.

A Daslu afirmou, em nota oficial, que considera levianas as acusações e nega as declarações atribuídas a uma ex-funcionária sobre o suposto esquema de subfaturamento de mercadorias. Informou ainda que faz o pagamento aos importadores de acordo com o valor real das peças.

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