O preço da carne é a principal incógnita para a inflação na cidade de São Paulo em outubro. O embargo do governo do estado à carne do Mato Grosso do Sul, por causa do foco de febre aftosa, pode reduzir a oferta na capital e fazer aumentar os preços, avalia o economista Paulo Picchetti, coordenador do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Fundação Instituto de Pesquisa Econômicas (Fipe). Na primeira quadrissemana de outubro, a inflação na cidade de São Paulo foi de 0,59% e a carne já estava em alta. Depois de passar setembro com os preços em queda, a carne bovina foi a principal responsável pelo aumento no grupo de alimentos semi-elaborados, que passou de 0,07% em setembro para 0,80% nesta primeira prévia.

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- A taxa de inflação desta primeira prévia teve maior impacto dos combustíveis, pois teve efeito cheio, completando quatro semanas, mas o comportamento dos alimentos é o que mais chama atenção. A alta dos alimentos industrializados passou de 0,36% para 0,42%. Os in-natura também estão tendo uma menor queda nos preços por causa da chegada do calor. A deflação de 2,04% de setembro foi substituída por uma menor nesta prévia, de - 1,46% - afirmou Pichetti.

Na média, os preços dos alimentos ficaram 0,19% mais altos nesta primeira prévia. O economista afirma que ainda é prematuro prever aumento ou queda no preço da carne na capital paulista. Por enquanto, a Fipe prevê para outubro uma inflação de 0,50%, que pode ser revista caso o preço do produto dispare na capital.

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O IPC teve alta de 0,44% em setembro e, nesta primeira prévia de outubro, o maior reajuste foi o do item transporte, de 1,94%. A seguir estiveram saúde (1,39%); habitação (0,34%); despesas pessoais (0,23%); e educação (0,07%). O grupo vestuário registrou deflação de 0,11%, ainda reflexo da liquidação de inverno.