O mercado de trabalho está aquecido na grande Curitiba. A cidade concentra 38 das 100 maiores empresas do país, segundo a revista América Economia, edição Brasil. Além disso, a capital paranaense também foi eleita a oitava melhor cidade para se fazer carreira, de acordo ranking publicado pela revista "Você S/A", da Editora Abril. E para quem busca o primeiro emprego, grandes empresas abriram seus programas de trainees, muitos com processos seletivos em Curitiba. No entanto, isso não significa emprego fácil. A maior parte das vagas disponíveis é para aquelas que exigem qualificação.
Segundo Alex Gelinski, diretor empresa de recrutamento Chess Human Resources, as empresas já chegam à cidade procurando mão-de-obra qualificada, dentre os diversos fatores de atração (como qualidade de vida e incentivos fiscais). "Fora daqui as empresas julgam que o profissional de Curitiba seja mais qualificado, mais perfeccionista. É algo que o profissional daqui tem por cultura. Eles estão sempre procurando mais cursos, mais especialização", afirma Gelinski.
Esse fato acaba realimentando um complexo sistema. A mão-de-obra mais qualificada atrai mais empresas que buscam esse perfil de funcionários, que por sua vez exigem do sistema educacional melhor formação. Quando este responde, realimenta o ciclo e atrai mais empresas. "Essa interação é favorável. Aqui se encontra mão-de-obra qualificada em Engenharia por causa do pólo automobilístico montado, que promoveu um grande avanço na área acadêmica", explica Valdeci de Oliveira Carneiro, diretor geral da Everest Gestão de Pessoas. "O potencial de empregabilidade da região é de alta qualidade, mas pequeno", completa.
Aumento, mas não expressivo
Segundo Sergio Cesarino, diretor executivo do grupo Catho em Curitiba, nos últimos três meses houve um aumento de vagas na capital paranaense, de 10% a 15%. No entanto, nacionalmente os números não são tão expressivos. "O mercado de trabalho de Curitiba está aquecido, mas se comparado ao das três maiores capitais do país (São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte) a diferença é muito grande", afirma.
Gelinski também compara a capital paranaense com outras do país. Segundo ele, no último ano houve melhora no quadro geral de oferta de empregos, mas a situação já foi melhor. "Não é o nosso mercado que deixou de crescer, acontece que talvez não estejamos alcançando a velocidade de algumas cidades", conclui.
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