A plataforma P-53, destinada ao desenvolvimento da produção do campo de Marlim Leste, na Bacia de Campos, custará a Petrobras cerca de US$ 950 milhões. A estimativa é do presidente da companhia José Sergio Gabrielli, que assinou os contratos para a construção e afretamento da plataforma. O campo tem reservas de 950 milhões de barris de óleo equivalente (gás e petróleo).
O consórcio Marlim Leste (Queiroz Galvã0, Ultratec e Iesa) será responsável pela construção do módulo principal, em um contrato de US$ 520 milhões.
O restante do valor é relativo a outros módulos. O casco da unidade será feito em Cingapura e a montagem final da plataforma será feita no Rio Grande do Sul, em uma área do porto do Rio Grande.
O canteiro de obras ficará dentro do porto, ao lado de uma área destinada ao estaleiro Aker.
Durante o pico das obras, serão gerados 4 mil empregos. A previsão é de que a P-53 entre em operação em novembro de 2007. A produção plena deverá ser atingida no primeiro semestre de 2008.
A plataforma foi licitada no fim de 2003. A idéia inicial era de que a Petrobras fosse a proprietária da unidade. Após brigas judiciais com a Marítima, que foi excluída da concorrência, a licitação foi cancelada pela estatal. Posteriormente, a empresa decidiu por afretar a plataforma.
A unidade será afretada por 15 anos e o pagamento se dará ao longo deste período. Gabrielli explicou que após o término do prazo, a Petrobras poderá ter a opção de comprar a plataforma pelo valor residual do investimento.
De acordo com Gabrielli, a opção pelo afretamento em detrimento da construção de uma unidade própria não encareceu o projeto:
- Não chegamos a abrir as propostas de preços para a construção da plataforma mas, em tese, a diferença entre os valores de um afretamento e da construção é irrelevante - disse.
O executivo acrescentou que o valor do ICMS já está incluído no valor total do investimento, de US$ 950 milhões. O conteúdo nacional do projeto deverá ser de 55%.
A próxima plataforma da Petrobras a ser licitada será a P-55 e que o processo de concorrência pode ter início ainda neste ano.
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