Atualizado em 21/10/2005 às 21h20
Quatros focos de suspeita de febre aftosa foram identificados nesta sexta-feira (21) no interior do Paraná. A informação foi divulgada pela Secretaria da Agricultura e Abastecimento (Seab) na tarde desta sexta-feira em entrevista coletiva, em Curitiba.
Ao todo, 19 animais apresentam sintomas da doença, como febre, salivação abundante e dificuldade para caminhar. As fazendas que estão sob suspeição estão localizadas no Noroeste paranaense, nas cidades de Loanda, com três animais; Amaporã, com três; e Maringá, com um; e, no Norte do estado, em Grandes Rios, com 12.
De acordo com o vice-governador e secretário da Agricultura, Orlando Pessuti, todos os animais foram comprados durante o leilão Eurozebu, realizado no início de outubro em Londrina, região Norte. Os animais teriam sido trazidos de fazendas do Mato Grosso do Sul (MS).
Sociedade Rural contesta
O presidente da Sociedade Rural do Paraná Edson Neme, também em entrevista coletiva, em Londrina, contestou a informação da secretaria. De acordo com ele, todos os animais suspeitos de terem a doença são do Paraná. "Nenhum desses animais saiu do MS. Eles só tiveram contato (com o gado vizinho)", afirmou.
Dos 801 animais que participaram do evento, 200 teriam vindo da Fazenda Bonaza, vizinha da Fazenda Vezozzo, em Eldorado, onde ocorreu o primeiro foco de aftosa há 13 dias. Além das fazendas citadas, outras 36 foram interditadas. Todas receberam gado do MS nos últimos 60 dias.
Neme também acusou o estado de ser um dos responsáveis pela suspeita do foco pois teria retido R$ 100 milhões dos R$ 137 milhões prometidos para a defesa animal.
Amostras do sangue dos animais foram recolhidas e enviadas para um laboratório Ministério da Agricultura em Belém, no Pará. O resultado dos exames deve sair no início da próxima semana.
Em Toledo, no Oeste, 635 animais de casco aberto bovinos, suínos e ovinos , espécies suscetíveis à aftosa, estão retidos há dez dias, em quarentena, no Centro de Eventos Ismael Sperafico. Nesse local, foi realizada, entre os dias 8 e 12, a feira agropecuária Exo Toledo. Cinco desses animais foram trazidos de Mato Grosso do Sul. Segundo Pessuti, eles não apresentam qualquer sintoma da aftosa mas, por precaução, só serão liberados após o resultado dos exames.
As primeiras informações divulgadas pela Agência de Notícias do governo do Paraná estavam incorretas. Na nota, o estado informava que haviam sido identificados dois focos da doença, em Londrina e Toledo. A informação foi reproduzida pelos maiores sites e agências noticiosas do país. Mesmo que as suspeitas da chegada da aftosa ao Paraná não se confirmem, Pessuti previu que a situação provocará redução das exportações de carne do Paraná. O estado embarca anualmente 40 mil toneladas de carne bovina ao exterior.
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