Com a decisão do Banco Central de elevar, nesta quarta-feira (29), o juro básico (taxa Selic) em 0,50 ponto porcentual, para 14,25% ao ano, os fundos de renda fixa ganham da poupança na maioria dos cenários desenhados, considerando prazos de resgate e valores de taxas de administração distintos. A estimativa é da Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade).

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Mesmo com o rendimento da poupança em 0,68% ao mês, segundo cálculo da associação, a caderneta perde para os fundos de renda fixa que têm taxa de administração até 2% ao ano em quaisquer prazos.

A caderneta ganha dos fundos que têm taxa de administração de 2,5% ao ano se o resgate for feito em até um ano e perde quando o prazo é superior a esse período.

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Quando a taxa sobe para 3% ao ano, a caderneta ganha quando o resgate ocorre em até dois anos e empata se o prazo for superior.

Taxa básica de juros sobe para 14,25% ao ano

Os juros, que aumentaram pela sétima vez seguida, estão agora no mesmo nível de outubro de 2006

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Alternativas

Outras aplicações também são favorecidas pelo aumento da Selic e rendem mais que a poupança. Os cálculos são do professor da FGV (Fundação Getulio Vargas) Samy Dana. “A poupança amargou e pode continuar amargando poder de compra negativo”, afirma. A inflação para este ano está prevista em 9,23% e isso deve ser levado em consideração antes de definir em qual produto aplicar.

Mesmo com remuneração de 80% do CDI (Certificado de Depósito Interfinanceiro, taxa de juros nos empréstimos entre bancos), o CDB leva vantagem sobre a caderneta de poupança. Enquanto o rendimento da poupança fica em 7,44% ao ano, o CDB aplicado pelo mesmo período renderia 8,60%, já líquido de impostos.

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Se o período for elevado para mais de dois anos, o rendimento anualizado desse CDB subiria para 9,13%, já que a alíquota do Imposto de Renda sobre os juros obedece a uma tabela regressiva que começa em 22,5% e vai caindo gradativamente até alcançar 15%.

No caso da LCI/LCA (Letras de Crédito Imobiliário e do Agronegócio, respectivamente), a taxa de retorno fica ainda mais atrativa. De acordo com Samy Dana, se o investidor conseguir uma taxa de 70% do CDI, a remuneração será de 9,34%. Se a taxa for de 90% do CDI, o retorno sobe para 12,17%.

O Tesouro Selic (título público pós-fixado que segue o juro básico), com custo de 0,3% de custódia e zero de corretagem, tem retorno em até seis meses de 10,81% (taxa anualizada, líquida de impostos) e de 11,86% acima de 24 meses (também anualizada, líquida de impostos).