De acordo com informações divulgadas pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o prazo para que a Varig divulgue um comunicado (fato relevante) ao mercado e aos acionistas sobre a situação de suas ações, a partir da mudança de controle da companhia, termina nesta terça-feira.

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A Varig foi comunicada na sexta-feira passada, um dia após os ativos da empresa ter sido adquirida em leilão, pela VarigLog, a se manifestar em um período de 48 horas, como determina a legislação.

Até o momento, as ações negociadas no pregão da Bolsa de Valores de São Paulo são as preferenciais da Varig antiga (que ficará com as dívidas da empresa e com algumas receitas contratuais estabelecidas com a nova VArig), que acumulam queda de 39,7% no mês e valorização de 33,4% no ano.

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E é precisamente devido às incertezas que ainda rondam as atividades da nova companhia e às fortes oscilações na cotação do papel que os analistas de mercado recomendam cautela aos investidores. A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) divulgou nota informando que a Nova Varig terá que "informar imediatamente a malha aérea que pretende voar no país e no exterior" (clique e saiba mais) .

Nesta terça-feira, vários vôos foram cancelados , nacionais e internacionais. Apenas a ponte-aérea Rio-São Paulo funciona normalmente, com a empresa, inclusive, oferecendo promoção para o trecho.

A desinformação é grande também no que diz respeito ao futuro dos funcionários . Durante reunião na segunda-feira, não foram definidos prazos para a demissão dos empregados e nem o número de trabalhadores que ficarão na nova empresa.

Para o diretor da corretora Ágora e presidente da Associação dos Analistas e Profissionais de Investimentos do Mercado de Capitais do Rio de Janeiro (Apimec-RJ), Álvaro Bandeira, a desinformação ainda é muito grande e é importante aguardar a manifestação da nova empresa.

— Nessas situações, vale mais a pena parar e ver como é que vai ficar, avaliando os prós e os contras, do que entrar no escuro. E como em toda a entrada no escuro, o investidor pode perder muito. O risco é muito elevado. Para quem está dentro, só resta rezar — avalia.

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— Esse é um momento de transição em que a melhor estratégia é aguardar. A nova empresa pode anunciar uma troca de ações ou algum outro tipo de medida que não agrade o investidor. Por isso, comprar uma ação que sobe muito num dia e cai fortemente no dia seguinte é algo muito arriscado — completa Marcelo Voss, economista-chefe da corretora Liquidez.