O Parlamento do Chipre vai rejeitar o plano de resgate oferecido ao governo por considerá-lo injusto, afirmou o presidente do país, Nikos Anastasiades. Em declarações a jornalistas, o presidente disse que seu governo "está agora fazendo seus próprios planos". "Devo dizer a vocês que a troica não estava esperando essa reação", comentou Anastasiades.

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O Comitê Econômico e Financeiro do Parlamento cipriota vai começar a debater o tema em algumas horas e espera ouvir o presidente apresentar seus próprios planos. Um esboço da lei que está sendo preparada prevê que depósitos bancários abaixo de 20 mil euros sejam isentos de taxação, depósitos entre esse valor e 100 mil euros sofram confisco de 6,75%, depósitos de até 500 mil euros sejam taxados em 9,9% e valores acima disso paguem taxa de 12,5%.

Existem discussões para adiar a votação do Parlamento para amanhã, com a intenção de dar ao governo mais tempo para elaborar o plano B e reduzir as tensões. Depositantes russos podem perder 3,2 bilhões de euros se a taxação dos depósitos forem implementadas. As informações são da Market News International.

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Bolsa do Chipre permanecerá fechada hoje e amanhã

A bolsa de valores do Chipre decidiu suspender os negócios nesta terça-feira e permanecerá fechada também na quarta-feira, assim como os bancos, enquanto o governo tenta conter o pânico causado pela proposta de taxação a depósitos que faz parte do pacote de resgate anunciado para Nicósia no fim de semana.

O acordo fechado com a troica de credores internacionais, que inclui o Banco Central Europeu (BCE), a Comissão Europeia e o Fundo Monetário Internacional (FMI), prevê que o Chipre receba até 10 bilhões de euros em ajuda, mas estipula a criação de um imposto sobre depósitos bancários.

Os cipriotas recorrem aos caixas eletrônicos para fazer saques desde sábado, quando o acordo foi anunciado. O governo, que tenta ganhar tempo para obter apoio para o pacote de resgate, decidiu que os bancos só reabrirão na quinta-feira.

Com os bancos fechados, a bolsa afirma que não tem como fazer negócios ou monitorar os limites de crédito de seus membros.

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