O Conselho do Banco Mundial se reúne na tarde desta terça-feira (15), em Washington, para definir se Paul Wolfowitz pode ou não continuar no comando da instituição. O presidente da entidade é acusado de favorecer a namorada, transferindo-a para o governo norte-americano com um salário milionário pago pelo Banco Mundial.

CARREGANDO :)

O painel de executivos já adiantou que ele violou as normas de ética da instituição ao arranjar um trabalho que paga o equivalente a R$ 395 mil por ano - salário maior que o da secretária de Estado dos EUA, Condoleezza Rice, que está acima de Shaha Riza, a namorada de Wolfowitz, na hierarquia.

Wolfowitz já confessou que teve envolvimento na transferência de Riza para o Departamento de Estado. Ao mudar de função, ela recebeu uma elevação de US$ 60 mil ao ano (R$ 120 mil) em seus vencimentos.

Publicidade

Casa Branca

A Casa Branca voltou a reiterar o apoio a Wolfowitz. Segundo o governo norte-americano, porém, é necessário pensar nos "interesses" da instituição. "Uma vez mais respaldamos, mas sabemos que (Wolfowitz) deseja conversar com membros do Banco Mundial para encontrar a maneira adequada de servir à instituição", ressaltou o comunicado oficial.

Apesar das incertezas sobre seu futuro, o presidente do Banco Mundial é esperado no fim de semana para a reunião dos ministros das Finanças dos países do G-8, em Potsdam (leste da Alemanha), informaram fontes governamentais.