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Finanças pessoais

Principiantes se afastam e analistas vêem oportunidades

O economista Ali Mohamed Abrão mantém há cinco anos em Curitiba uma escola que ensina os meandros do mercado de capitais, a Cefin. No primeiro semestre, quando a Bovespa passou dos 70 mil pontos, ele comemorava o interesse de novos alunos, cerca de 100 por mês. Agora que os efeitos da crise chegaram à bolsa brasileira, são 20 matrículas por mês. A redução, que é um efeito óbvio da queda vertiginosa vista no último mês, vai contra um princípio básico do mercado: compre na baixa e venda na alta.

"Agora a bolsa está em queda e isso desanima quem teria interesse em investir", lamenta Abrão. O curso montado pelo economista ensina como funciona a bolsa e como escolher as companhias para montar uma carteira. "Para quem pensa no longo prazo, é bom ter em mente que mesmo com crises as ações tendem a dar o melhor retorno", diz.

Gustavo Deodato, diretor comercial da corretora Petra, lembra que a Bovespa passou por turbulências antes. A última grande crise foi em 2002, durante a campanha para as eleições presidenciais. "Papéis de empresas sólidas têm perspectiva de ganho. As quedas são superáveis", afirma.

A confiança na retomada da bolsa demonstrada por analistas não é garantia de retorno ao investidor. A crise é séria e balançará os resultados das empresas. "Sei que a economia real vai ser atingida e que pode demorar para minhas ações subirem", comenta o investidor Mauro Meroni. Ter pés no chão, portanto, também faz parte das habilidades de quem quer entrar na bolsa. (GO)

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