O primeiro-ministro italiano, Romano Prodi, curvou-se a pressões da oposição no domingo e concordou com um questionamento parlamentar sobre o conflito com a Telecom Italia, que forçou a renúncia do chairman do grupo. Prodi disse estar aberto para um debate sobre o importante setor de telecomunicações, em meio ao choque com a Telecom Italia sobre sua estratégia.

CARREGANDO :)

- É do interesse da nação debater o futuro do setor de telecomunicações da Itália e de seu grupo mais importante - afirmou Prodi em um comunicado divulgado em Pequim, onde ele lidera uma delegação de empresários italianos.

A oposição e alguns membros da coalizão de centro-esquerda de Prodi pediram que ele vá ao Parlamento explicar por que se opôs abertamente a Marco Tronchetti Provera, que renunciou ao posto de chairman da Telecom Italia na semana passada.

Publicidade

Prodi tem resistido em levar o assunto ao Parlamento, chamando os que pedem isso de ``loucos''. Mas ele finalmente atendeu os pedidos no domingo, embora tenha dito que importantes ministros devem ir ao Parlamento --o que significa que ele não iria.

Sobrecarregada com mais de 40 bilhões de euros (50,90 bilhões de dólares) de dívida, a Telecom Italia anunciou uma mudança radical de estratégia que enfureceu o governo e provocou tensões políticas. O grupo pretende separar as unidades de rede e de telefonia móvel.

Fontes disseram que isso poderia levar à venda da TIM para estrangeiros, algo que desagrada o governo.

Prodi afirmou que ele não foi alertado da mudança na estratégia e que não tinha nenhuma relação com a renúncia de Tronchetti. Mas a oposição indica um relatório de um assessor próximo de Prodi, recomendando que o Estado recompre parte da Telecom Italia, como prova de que o primeiro-ministro estava interferindo nos assuntos do antigo grupo estatal.

O novo chairman da Telecom Italia, Guido Rossi, afirmou no domingo que o grupo é forte e ``um exemplo de moderno capitalismo''. Mas Rossi foi citado pelo La Repubblica como tendo dito que precisa tirar o grupo do risco de uma volta à nacionalização.

Publicidade