De janeiro a julho deste ano, a indústria nacional de motocicletas apresentou recuo de 5,2% em comparação ao mesmo período do ano passado, com a produção de 905.117 unidades. As vendas de motos no atacado, dos fabricantes para as concessionárias, também apresentaram queda (de 10%) no período, com 829.838 unidades comercializadas. No varejo, a queda ficou em 5%, com 838.630 unidades vendidas.
Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (8) pela Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo). No mês de julho, na comparação com o mesmo mês do ano anterior, as vendas no varejo recuaram 9,8%, com 121.012 unidades, enquanto no atacado as vendas avançaram 6,7%, com 113.024 unidades. Já a produção em julho alcançou 135.504 motocicletas, número 18,2% superior ao do mesmo período do ano passado.
Segundo a Abraciclo, dois "fatores atípicos na metade deste ano" geraram impactos na produção e venda de motocicletas: a realização da Copa do Mundo e a antecipação para junho das férias coletivas nas fábricas instaladas no Polo Industrial de Manaus, que habitualmente ocorria em julho. "Já contávamos com uma retração da demanda no período do campeonato mundial, mas esperávamos a retomada do ritmo de vendas a partir da segunda quinzena de julho, o que não se concretizou. O baixo volume diário de vendas reflete a dificuldade na obtenção de crédito e, de certa forma, o comportamento cauteloso do consumidor diante do cenário macroeconômico", disse o presidente da Abraciclo, Marcos Fermanian.
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