Os produtores de feijão do município de Prudentópolis – 170 quilômetros de Curitiba –, conhecido como a capital nacional do feijão preto, esperam que o governo federal providencie mais do que leilões para ajudar o setor. "Além de melhores preços, precisamos de ajuda direta e de perdão nos financiamentos do Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar)", afirma Iraci Valmor Vettorazzi, presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais do município.

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Prudentópolis alega ter perdido 70% da produção por causa das chuvas. A colheita de feijão teria caído de 36 mil para 11 mil toneladas. Como a cidade chegou a produzir 10% do feijão preto consumido no Brasil, merece a intervenção de Brasília, argumenta Vettorazzi.

No fim de 2005, o saco de 60 quilos de feijão era vendido a R$ 80,00 na região. No forte da colheita do ano passado, caiu para R$ 64. Agora, despencou para R$ 32. Os produtores começam a pagar os financiamentos em março e alegam que não terão dinheiro para cobrir os R$ 4 mil emprestados – em média – do Pronaf. Dos cerca de 4 mil produtores que acessaram o Pronaf, 2,5 mil produzem basicamente feijão preto. Mesmo que eles recebam preço mínimo – R$ 47 por saco –, vão precisar de apoio, avalia o sindicato. (JR)

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