O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, afirmou hoje que o Programa de Desenvolvimento Produtivo (PDP) 2, da presidente Dilma Rousseff, estará pronto em 60 dias. Coutinho afirmou que o PDP terá políticas gerais, mas também focalizadas, porque há setores que estão passando por dificuldades para avançar em matéria de competitividade, já que são afetados pelo câmbio valorizado.

CARREGANDO :)

Foi para discutir essas questões e receber colaborações dos empresários, a maior parte deles do setor industrial, que Coutinho compareceu hoje ao Fórum Nacional da Indústria, promovido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), em São Paulo. O presidente do BNDES destacou que a política do governo é de manter com rigor a estabilidade de preços. "A presidente Dilma já afirmou que o combate à inflação é prioritário", disse Coutinho, sem fazer comentários sobre a atuação do Banco Central (BC).

Coutinho comentou ainda que o governo está dedicado ao controle das contas públicas a fim de continuar com o programa de investimentos neste ano, sobretudo os relacionados ao Programa de Aceleração do crescimento (PAC). "A presidente Dilma já deixou claro que os investimentos serão mantidos. A melhor forma de combater a inflação no longo prazo é ampliar a capacidade de produção e de oferta de produtos na economia", afirmou.

Publicidade

Política definitiva

O presidente da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), Luiz Aubert Neto, disse hoje que o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Fernando Pimentel, garantiu que o Programa de Sustentação de Investimento (PSI) será prorrogado e se tornará uma política definitiva do governo federal.

Atualmente, o programa permite a compra de máquinas e equipamentos a juros fixos de 5,5% ao ano, financiamentos com prazo de dez anos e carência de dois anos para o início do pagamento. O PSI fez parte do pacote de medidas criado para combater os efeitos da crise internacional e deveria ser extinto no próximo dia 31 de março.

De acordo com Albert, as condições do financiamento vão mudar e as novas ainda não foram definidas, mas as propostas deverão ser entregues até 28/02. Também de acordo com ele, Pimentel já adiantou que não será possível manter os juros em 5,5% ao ano. "Isso ainda é uma incógnita. Ele só falou que os juros não vão continuar em 5,5% ao ano, o que é péssimo para nós. Serão maiores", afirmou. Ele disse ainda que "o ministro Pimentel falou que não vai ser mais uma tentativa de sustentar os investimentos, vai ser uma coisa perene e não vai mais precisar ser renovada a cada seis meses".

Publicidade