A projeção do mercado financeiro para a inflação, este ano, não para de subir. A estimativa para o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) subiu pela 13ª vez seguida. Desta vez, a projeção passou de 9,04% para 9,12%. Para 2016, no entanto, a estimativa teve duas leves reduções seguidas. A expectativa é que no final do próximo ano o IPCA fique em 5,44%, contra 5,45% previstos na semana passada. As informações são da Agência Brasil.
Essas projeções são do boletim Focus, publicação semanal, feita pelo Banco Central, com base em pesquisa a instituições financeiras sobre os principais indicadores econômicos.
As estimativas para a inflação estão distantes do centro da meta que é 4,5%. Neste ano, a expectativa é de estouro até do teto da meta, 6,5%. O próprio BC projeta inflação em 9%.
Para tentar frear a alta dos preços, o Copom (Comitê de Política Monetária) do BC tem elevado a taxa básica de juros, a Selic. A taxa já foi elevada por seis vezes seguidas e o BC tem sinalizado que o ciclo de alta continua. A próxima reunião do comitê está marcada para os dias 28 e 29 deste mês. Atualmente, a Selic está em 13,75% ao ano e as instituições financeiras esperam que a taxa chegue a 14,5% ao final deste ano. No final de 2016, a Selic deve ficar em 12,25% ao ano.
Selic
A taxa é usada nas negociações de títulos públicos no Selic (Sistema Especial de Liquidação e Custódia) e serve como referência para as demais taxas de juros da economia. Ao reajustá-la para cima, o BC contém o excesso de demanda que pressiona os preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Quando reduz os juros básicos, o Copom barateia o crédito e incentiva a produção e o consumo, mas alivia o controle sobre a inflação.
Embora ajude no controle dos preços, o aumento da taxa Selic prejudica a economia, que atravessa um ano de recessão, com queda na produção e no consumo.
A expectativa das instituições financeiras para a retração da economia, este ano, permaneceu em 1,50%. Para o próximo ano, a projeção é de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto), mas de apenas 0,5%. Na avaliação do mercado financeiro, a produção industrial deve ter uma queda de 5%, contra 4,72% previstos na semana passada. Em 2016, a projeção de crescimento passou de 1,35% para 1,40%.
A pesquisa do BC também traz a projeção para a inflação medida pelo IGP-DI (Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna), que subiu de 7,42% para 7,51%, este ano. Para o IGP-M (Índice Geral de Preços - Mercado), a estimativa passou de 7,32% para 7,42%, em 2015. A estimativa para o IPC-Fipe (Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) permanece em 8,60%, este ano.
A projeção para a cotação do dólar subiu de R$ 3,22 para R$ 3,23, ao final de 2015, e segue em R$ 3,40, no fim de 2016.
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