Petrobras e Vale ainda não chegaram a um acordo sobre o projeto de potássio Carnalitas no Sergipe porque negociam como tornar compatível a exploração de petróleo e de potássio existentes na mesma localidade, afirmou o diretor de Operações da Vale Fertilizantes, Marcelo Fenelon, nesta terça-feira.
A Petrobras, segundo ele, talvez tenha de abrir mão de explorar uma parte das reservas, que integram o campo de Carmópolis, um dos maiores produtores de petróleo em terra do país.
O acordo entre Vale e Petrobras não tem previsão para ser celebrado, disse o executivo a jornalistas após palestrar no 14o Congresso Brasileiro de Mineração, em Belo Horizonte.
"Está sendo discutida a convivência da lavra de petróleo com a lavra de potássio. Convivência ou prioridade", disse o executivo ao ser indagado sobre o que falta para que um acordo entre Vale e Petrobras seja realizado.
A Vale já tem um contrato de arrendamento com a Petrobras pelo qual produz potássio na região a partir da mina de Taquari-Vassouras. O objetivo da Vale é ampliar a produção de potássio em mais de três vezes a partir da exploração de outras minas que ficam na área da Petrobras, onde a estatal possui direitos minerários.
Para tanto, as duas empresas precisam realizar um contrato de arrendamento ou de venda dos direitos minerários da Petrobras para a Vale.
Fenelon afirmou ainda que a Vale Fertilizantes possui projetos suficientes para passar de 14o lugar para 5o no ranking dos maiores produtores de potássio do mundo.
Os projetos têm previsão de entrada em operação até 2020 e demandam investimentos de 15 bilhões de dólares, informou ele.
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