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Os bancários da Caixa Econômica Federal (CEF) em Curitiba e região metropolitana promoveram um ato no início da tarde desta sexta-feira (5) em frente à Praça Carlos Gomes, no Centro da capital. Com o apoio de um carro de som, eles fizeram um apitaço e deram um abraço simbólico no prédio da CEF, que fica na esquina da Avenida Marechal Floriano com a Rua José Loureiro. A manifestação começou ao meio-dia e durou cerca de meia hora, com a participação de cerca de cem pessoas.

A categoria protesta contra a ameaça da Caixa de recorrer à Justiça do Trabalho e ajuizar o dissídio coletivo na próxima segunda-feira (8), caso os funcionários não encerrem a greve. "A CEF está desrespeitando os bancários com este tipo de ameaça", avalia Antonio Luiz Fermino, dirigente sindical da CEF e integrante do Comando que negocia com o banco.

A paralisação acontece desde quarta-feira (3) na capital e em várias cidades do interior do Paraná. Em assembléia realizada na capital na noite de quinta-feira (4), a maioria da categoria no estado decidiu manter a paralisação por considerar que a Caixa não avançou nas negociações. Os sindicatos do interior realizariam assembléias na manhã desta sexta-feira para definir os rumos da greve.

De acordo com o Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região, a proposta apresentada limita-se ao cumprimento dos itens econômicos acordados com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) e não avança nas reivindicações específicas. A única diferença que a Caixa apresentou, segundo o sindicato, foi o aumento do valor da antecipação da primeira parcela da Participação nos Lucros e Resultados (PLR).

"O comando nacional considerou a proposta insuficiente. A Caixa precisa melhorar, porque não está boa", afirma Marisa Stédile, presidente do Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região. Entre as reivindicações específicas dos funcionários da CEF estão a isonomia de direitos entre os novos e antigos empregados, como a extensão da licença prêmio para os concursados contratados a partir de 1998, que não têm direito ao benefício.

Atendimento

O acesso aos caixas-eletrônicos das agências não será bloqueado, com objetivo de atender principalmente os aposentados. O único serviço que estará disponível, porém, será o de saque. Para a maioria das operações, exceto relacionadas a FGTS e Seguro Desemprego, os clientes podem procurar por qualquer casa lotérica.

De acordo com o Sindicato dos Bancários de Curitiba e região metropolitana, no segundo dia da greve todas as 37 agências da CEF na capital foram fechadas, além de nove na RMC. Ao todo, 2.437 funcionários cruzaram os braços. Dos 11 municípios da região metropolitana, apenas a Lapa furou a greve e 12 funcionários trabalharam.

Em todo Paraná, 3.450 funcionários estão de braços cruzados em 80 unidades da CEF. Somente em Curitiba, elas somam 37, e na região metropolitana são 10 (apenas na Lapa há agência em funcionamento). Também estão em greve bancários de agências em Paranavaí, Guarapuava, Campo Mourão, Toledo, Apucarana, Arapongas, Jandaia do Sul, Ivaipora, Mamborê, Cornélio Procópio, Bandeirantes, Cambará, Jacarezinho, Santo Antonio da Platina, Pitanga, Cambé, Rolandia, Ibiporã, Assaí, Porecatu, Londrina, Colorado, Nova Esperança, Loanda, Nova Londrina, Marechal Candido de Rondon, Palotina, Assis Chateaubriand, Iporã, Guaíra, Foz do Iguaçu e Ponta Grossa.

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