A queda das cotações internacionais do petróleo já tem impacto no Brasil, mas não deve chegar ao consumidor de gasolina e diesel, apontam os especialistas. O preço do querosene de aviação (QAV), que acompanha mais de perto as oscilações internacionais, caiu 14,17% no último dia 1º. O produto, no entanto, ainda acumula alta de 17% no ano. Óleo combustível, nafta e gás boliviano, que também são reajustados segundo as cotações internacionais, também devem cair.

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Gasolina e diesel, que foram aumentados em abril, porém, devem ter seus preços mantidos. "A Petrobras não vai mexer nisso agora até porque o dólar está subindo", disse o analista Luiz Otávio Broad, da corretora Ágora. As ações da empresa vêm sofrendo com a queda do petróleo, lembra o chefe de análise da corretora Prosper, André Segadilha - hoje, a queda de Petrobras na Bovespa foi superior a 6%.

Os preços do petróleo fecharam hoje no menor nível dos últimos cinco meses, refletindo aposta do mercado na manutenção dos atuais níveis de produção da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), que estão reunidos em Viena. Em Nova York, o barril do petróleo WTI encerrou o pregão a US$ 103,26, com queda de 2,9% com relação ao dia anterior. Em Londres, o barril do tipo Brent caiu 3,08%, para US$ 100,34 por barril. Durante o dia o Brent chegou a ser negociado abaixo dos US$ 100 (a mínima foi de US$ 99,04), rompendo barreira que, até um ano atrás, era considerada limite para a alta no preço da commodity, então na casa dos US$ 70. O petróleo negociado em Nova York acumula queda de 29% desde o recorde de US$ 145,29 por barril, atingido no dia 3 de julho.

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