O Ranking de Reclamações contra os bancos deve apresentar na próxima segunda-feira, dia 15, uma grande mudança na lista das instituições, após as alterações de metodologia promovidas pelo Banco Central (BC).
Nos últimos seis meses, na indesejável primeira colocação, manteve-se o BMG. Na edição passada, começou a figurar na lista também o Banco Pan. Estas instituições de menor porte deverão voltar a ficar de fora do ranking do BC, como já ocorreu quando a autarquia promoveu mudanças na forma de elaboração de sua lista mensal no passado.
O BC informou nesta quinta-feira (11) que aumentará sua base de clientes para formular o ranking, passando a contemplar operações iguais ou superiores a R$ 200. Até então, a base era de R$ 1 mil.
Com isso, naturalmente passariam a figurar no indicador instituições de menor porte, como o próprio BMG e o Pan, o que criaria uma nova distorção na lista, que leva em consideração o volume de reclamações consideradas procedentes pelo BC e o tamanho da clientela das instituições financeiras.
Junto com esse aumento da base de dados, o BC informou que, para elaborar sua lista mensal de queixas, passará a selecionar apenas instituições com mais de 4 milhões de clientes. Na prática, a briga para evitar o primeiro lugar no ranking passará a ser disputada novamente pelos gigantes do setor.
A própria liderança constante do BMG já vinha sendo questionada em relação a uma possível distorção desse levantamento do BC. Para se ter uma ideia, no ranking mais recente, de junho, o banco mineiro recebeu índice de 45,96. Na segunda posição apareceu o Pan, com índice de 37,92. Bem mais distante, estavam os demais componentes da lista: Itaú (9,45), Banrisul (8,56) e Bradesco (7,93).
Tanto o BMG como o Pan passaram a ser classificados nesse ranking mensal do BC após verem o número de seus clientes aumentar. Assim que passou a ter mais de 2 milhões de usuários, a instituição não só começou a surgir na lista, como permaneceu como o líder de reclamações. O mesmo caminho passaria a ter o Pan agora, que também atingiu essa marca e estava inclinado a ficar na vice-liderança nos próximos meses.
Pelo levantamento mais recente publicado pelo BC, outras instituições, como Banrisul e Votorantim, devem ficar de fora do ranking, por terem menos de 4 milhões de clientes.
O movimento que acontece agora com o BMG já foi visto no passado. Quando a autarquia mudou a metodologia pela primeira vez, em julho de 2014, separando as instituições por dois grupos (acima e abaixo de 2 milhões de clientes), o banco havia deixado de figurar na lista que sempre trazia seu nome antes das alterações.
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