Paraná Ampliação está 60% concluída

O principal projeto da Klabin, a expansão da unidade Monte Alegre, em Telêmaco Borba, está 60% concluído. A capacidade da fábrica, que produz papéis e cartões para embalagens, está sendo ampliada de 700 mil toneladas para 1,1 milhão de toneladas por ano, processo que mobiliza 4,5 mil operários. A nova máquina de cartões revestidos começa a funcionar em outubro.

No ano passado, o BNDES liberou R$ 1,7 bilhão para a expansão – o quinto maior valor já financiado pela instituição.

Em seu balanço, a Klabin informou que a capacidade instalada da empresa para produzir papéis e cartões para embalagens vai passar de 1,6 milhão para 2 milhões de toneladas por ano. Com isso, a companhia entra para a lista das 12 maiores fabricantes de papéis do mundo, e estará entre as seis maiores produtoras globais de cartões de fibras virgens.

O investimento é o maior responsável pelo aumento da dívida líquida da empresa, que passou de R$ 702,4 milhões no fim do ano passado para R$ 1,142 bilhão no encerramento do primeiro trimestre. Mas, segundo a Klabin, a unidade Monte Alegre vai aumentar a receita da companhia em R$ 930 milhões por ano – em 2006, o faturamento foi de R$ 2,7 bilhão. (FJ)

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A receita líquida da fabricante de papel Klabin atingiu R$ 690,5 milhões no primeiro trimestre deste ano, com aumento de 7% sobre o mesmo período do ano passado e queda de 0,6% em relação ao último trimestre de 2006. Mas a empresa, que tem 17 unidades industriais no Brasil – uma das maiores fica em Telêmaco Borba, nos Campos Gerais – conseguiu aumentar seu lucro líquido nas duas comparações: os R$ 165,5 milhões registrados de janeiro a março superam em 1,7% o lucro do primeiro trimestre de 2006 e são 49,5% maiores que o resultado dos três últimos meses do ano passado.

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O aumento da receita deveu-se principalmente à melhora do preço internacional do papel para embalagem (kraftliner) e ao crescimento do mercado de papel ondulado, impulsionado pelas exportações de produtos frigorificados (carne e frango) e pela demanda da indústria de fumo. A divisão de sacos industriais também cresceu, enquanto a venda de madeira piorou em relação ao ano passado.

Os resultados, divulgados ontem, atenderam ao esperado por analistas do setor de papel e celulose, mas não parecem ter animado os investidores da Bovespa: as ações preferenciais (sem direito a voto) da Klabin caíram 1,2%, fechando o pregão a R$ 6. No entanto, os papéis acumulam alta de 5,3% no mês e de 14,6% desde o início do ano. Nos últimos 12 meses, a valorização é de 23,7%. O preço-alvo estimado pelo Banif para as ações da Klabin até o fim do ano é de R$ 6,50, que representa alta de 8% em relação ao valor atual.

"As receitas cresceram dentro do esperado e a margem de lucro melhorou um pouco, principalmente por conta da área financeira", avalia Catarina Pedrosa, analista do Banif. O resultado financeiro (não-operacional) da Klabin entre janeiro e março foi de R$ 69,4 milhões, mais que o triplo do último trimestre de 2006. Em comparação com igual período anterior, houve queda de 26,2%. No começo do ano passado, a empresa havia contabilizado um crédito de R$ 119,6 milhões em PIS/Cofins, o que distorceu os resultados.

Marcos Paulo Pereira, analista do Banco Fator, é mais otimista. "Consideramos o resultado positivo em razão das melhores margens operacionais [referente às atividades industriais da empresa] e acreditamos que se refletirá positivamente no preço das ações", disse Pereira em relatório sobre o balanço da Klabin. Ele estima um preço-alvo de R$ 7,21 para ações, até dezembro, com valorização potencial de 20%. A margem operacional citada pelo analista ficou em 20,8% no primeiro trimestre, superior aos 19% de igual período de 2006 e aos 18,2% registrados entre outubro e dezembro.