Os bancos nunca estiveram tão dispostos a financiar a casa própria do brasileiro como se observa agora. Os agentes financeiros que atuam no Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimos (SBPE) vêm registrando, a cada mês, um novo recorde de aplicação em financiamento de imóveis. Segundo dados da Associação Brasileira de Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), nos cinco primeiros meses do ano o volume de recursos alocados ao mercado supera R$ 5,53 bilhões, com crescimento de 70% comparativamente ao mesmo período de 2006, que já foi um ano recorde para o setor. Só em maio, os financiamentos imobiliários totalizaram R$ 1,438 bilhão, tornando viável a construção e a aquisição de 16,2 mil unidades.
Os números têm duas origens principais: a estabilidade econômica do país e mudanças na legislação do setor. A primeira possibilitou uma queda nos juros do financiamento da casa própria nos últimos anos e a oferta de financiamentos com parcela fixa. A outra deu impulso para a destinação, pelos bancos privados, do dinheiro de cadernetas de poupança para financiamentos, pois hoje eles têm mais segurança para fazer o empréstimo, com o bem ficando como garantia. "Até 2003, as taxas de juros eram maiores e os prazos bem mais curtos. De um prazo de cinco a seis anos, os parcelamentos passaram para até 25 anos. O prazo cresce à mesma medida que a economia se estabelece", informa o diretor-geral da Abecip, Osvaldo Corrêa Fonseca. Segundo ele, agora que atingiram um patamar de 8% a 12% ao ano, os juros não devem cair mais.
Veículos
A Associação Nacional das Empresas Financeiras das Montadoras (Anef) registrou no primeiro trimestre deste ano um crescimento de 23,3% na carteira de financiamentos de veículos, que chegou a R$ 66,9 bilhões. Segundo a associação, os recursos liberados pelo Sistema Financeiro Nacional para financiamento de automóveis também foram maiores, passando de R$ 12 bilhões nos três primeiros meses de 2006 para R$ 14,9 bilhões no mesmo período deste ano. As taxas de juros cobradas pelos bancos das montadoras estão, em média, em 21,1% ao ano, pouco abaixo dos 22% ao ano cobrados em 2006.
Consórcios
O mercado de consórcios também está aquecido. De acordo com a Associação Brasileira de Administradoras de Consórcio (Abac), no primeiro trimestre deste ano o acumulado de vendas foi de 46,3 mil novas cotas 8,2% a mais que o resultado dos três primeiros meses de 2006. No consórcio de veículos, o crescimento foi mínimo. De janeiro a março deste ano, foram vendidas 62,8 mil cotas uma diferença de 0,2% em relação ao ano anterior. A taxa de administração de consórcio de imóveis gira em torno de 18%, com prazo máximo de parcelamento de 10 anos. Para automóveis e motos, o prazo cai para cinco anos, e a taxa de administração, para 14%.
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