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Alvo de críticas severas do mercado, os investimentos bilionários da Petrobras em duas refinarias nos estados do Ceará e do Maranhão começaram a sair do papel na semana passada, com a contratação dos serviços de terraplenagem de uma das unidades, mas ainda suscitam dúvidas quanto à sua continuidade. Segundo fontes do setor, a depender do resultado das eleições, o projeto pode ser arquivado.

"Tecnicamente é bastante justificável que o Brasil invista em refinarias, mas por que em tantas e por que justamente naquela região? Isso é uma decisão política que pode ser questionada", comentou o consultor Luiz Henrique Sanches, ex-diretor comercial da refinaria de Manguinhos, no Rio de Janeiro, a única de controle privado no Brasil.

A Petrobras argumenta que a opção de investir US$ 32 bilhões nos próximos cinco anos para modernizar suas refinarias e construir mais quatro - em Pernambuco, Rio de Janeiro, Ceará e Maranhão - faz parte da estratégia de agregar valor ao petróleo que será produzido no pré-sal, para depois exportá-lo.

Sobre a escolha do Ceará e do Maranhão, locais em que serão erguidas as sedes das refinarias Premium, dedicadas especificamente a essa função, a estatal argumenta que estariam mais próximas dos mercados europeu e americano. A escolha do Ceará, segundo analisam fontes do setor, no entanto, estaria ligada à proximidade do PT com o PMDB local. Já o Maranhão estaria representado pelo ex-ministro de Minas e Energia do governo Lula, Edison Lobão.

Há também o presidente do Senado, José Sarney, que, dois dias antes da assinatura do contrato para os serviços de terraplenagem da refinaria Premium pela Petrobras, teve encontro com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em Brasília, para pedir a inclusão dos Estados do Maranhão e do Amapá na agenda de campanha. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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