Curitiba O Paraná apresentou em maio o segundo maior crescimento da produção industrial entre os 14 estados brasileiros pesquisadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ficando atrás apenas do Amazonas. A produção da indústria paranaense cresceu 13,44% quando comparada ao mesmo período do ano passado, ficando bem acima da média brasileira (5,5%). O único estado com variação negativa na indústria foi o Rio Grande do Sul, que registrou sua quinta queda consecutiva.
De acordo com o economista do IBGE, André Macedo, o crescimento da indústria paranaense foi alavancado em maio pelo expressivo acréscimo em refino de petróleo e produção de álcool (87,8%). O salto se explica pela paralisação técnica da Refinaria Getúlio Vargas (Repar) em Araucária, em maio de 2004, para a manutenção de equipamentos. Segundo Macedo, somente esse segmento aliado à produção automotiva respondeu por 10,2% do crescimento paranaense.
Outro setor da indústria que se destacou em maio foi edição e impressão (42,6%), diante da maior demanda por jornais e por conta das encomendas de livros pelo governo, explica o economista do IBGE. O aumento de 5,6% na produção de alimentos foi conseqüência de dois produtos: açúcar cristal e óleo de soja.
Queda
Dentre os segmentos que tiveram queda na produção estão produtos químicos (-40,7%), influenciados pelo cenário adverso enfrentado pelo agronegócio que baixou a fabricação de adubos e fertilizantes; e madeira (-7,7%). Segundo Macedo, a baixa cotação do dólar já está se refletindo nos negócios da indústria madeireira, que tem sua produção basicamente voltada para as exportações.
No indicador acumulado de janeiro a maio, a produção industrial paranaense cresceu 6,5%, com 9 dos 14 ramos industriais apresentando resultado positivo. Segundo explica o economista do IBGE, a indústria de veículos automotores, com expansão de 37,6%, exerceu a principal contribuição positiva na indústria geral.
Macedo também destaca os resultados acumulados favoráveis de edição e impressão (34,2%) e de refino de petróleo e produção de álcool (6,2%). Do lado negativo, os maiores impactos vieram de outros produtos químicos (-30,9%) e produtos de madeira (-5,8%).
Necessidades
Na avaliação do diretor da Pactum Consultoria Empresarial, José Máximo, embora a indústria do Paraná deva continuar acumulando resultados positivos nos próximos meses, o grande desafio do estado é aumentar a sua matriz industrial, que hoje é formada basicamente pelas montadoras de veículos na região metropolitanda da capital, pela indústria de movéis no Norte e pelo agronegócio do interior paranaense. "O estado tem que incentivar aqueles setores que sejam os geradores de maior valor agregado, como o segmento petroquímico, de química fina, desenvolvimento de software e da aviação", conclui.
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