Reguladores financeiros norte-americanos lançaram nesta quarta-feira (25) um "teste de estresse" para avaliar a capacidade dos grandes bancos de lidar com a possibilidade de uma recessão mais profunda em que a taxa de desemprego suba para além de 10% no próximo ano.
Os testes de estresse, obrigatórios para cerca de 20 instituições com ativos acima de US$ 100 bilhões, serão usados para determinar se os bancos precisam de mais recursos de um novo programa do Tesouro dos Estados Unidos.
O novo programa, conhecido como Programa de Assistência de Capital, complementará um programa anterior que já injetou cerca de US$ 200 bilhões nos bancos desde outubro. Ambos usarão os recursos remanescentes do fundo de resgate financeiro de US$ 700 bilhões do Tesouro.
Os testes de estresse, a serem conduzidos até o final de abril pelo Federal Reserve e outros órgãos do governo, medirá a força dos bancos frente a dois cenários. O cenário básico terá como parâmetros projeções consensuais do mercado para a economia e o cenário "mais adverso" prevê uma recessão mais longa e profunda.
Os reguladores conduzirão "uma avaliação de todos esses bancos para tentar estimar quanto capital eles precisam para enfrentar até o cenário mais fraco", afirmou o presidente do Fed, o banco central dos EUA, Ben Bernanke, a uma comissão do Congresso nesta quarta.
"Os bancos serão informados quanto capital eles precisam levantar, se algum. Alguns não precisarão de capital, mas outros sim", acrescentou.
Bernanke disse que inicialmente os bancos terão a oportunidade de tentar levantar o capital no mercado privado, mas se não conseguirem, o Tesouro oferecerá a compra de ações preferenciais conversíveis do banco.
Se as perdas aumentarem, essas poderão ser convertidas em ações ordinárias, dando ao governo participação societária direta e elevando a capacidade do banco de absorver baixas contábeis.
O Tesouro não pretende revelar o resultado dos testes e deixará essa decisão para os bancos. Ele informou que os bancos que precisarem de mais capital terão seis meses para levantar fundos privados ou pegar os recursos com o Tesouro, que cobrará taxa anual de 9%.
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