O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), apresentou em reunião com ministros nesta segunda-feira (10) uma agenda com medidas de longo prazo para a economia brasileira, entre elas a reforma do ICMS e do PIS/Cofins. Participaram do encontro o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, e do Planejamento, Nelson Barbosa.

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“Vamos apreciar todos os pontos do ajuste dentro dessa lógica da agenda”, afirmou. De acordo com Renan, Levy deve dar uma sinalização em relação às propostas na quarta-feira (12), quando deverá ir à presidência do Senado.

Ele ressaltou que só o projeto que reduz a desoneração não foi votado ainda no Senado, entre os que compõem o ajuste fiscal, e que isso será feito nesta semana. “Teremos uma reunião com os líderes para acertar o modelo da votação”, declarou.

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Apesar disso, Renan disse ver quatro cenários para a desoneração, e um deles é a retirada do pedido de urgência. O presidente defendeu ainda a inclusão na agenda de longo prazo de reformas estruturais e da reforma administrativa, que inclui a redução do número de ministérios. “Não há como fazer ajuste fiscal sem tratar do tamanho do Estado”, acrescentou. Ele pediu ainda uma política de reajuste do servidores públicos que caiba no espaço fiscal atual.

Impeachment

Sobre os pedidos de impeachment da presidente Dilma Rousseff, Renan disse que essa não é uma prioridade. “Na medida em que o Congresso torne isso prioridade, estaremos pondo fogo no Brasil”, afirmou.

Renan disse ainda que o atual modelo de política de coalizão já se esgotou e que é preciso uma agenda para construir a convergência no Congresso Nacional. “Sem agenda é na base no ‘é dando que se recebe’“, disse.

Governo vai desenvolver nos próximos dias uma agenda estruturante, diz Levy

O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, disse que o governo desenvolverá nos próximos dias uma agenda estruturante, com medidas para a economia no médio prazo a serem apresentadas ao Congresso Nacional. As medidas foram discutidas com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e outros senadores em reunião realizada nesta segunda-feira.

Os senadores pressionam por uma agenda “pós-ajuste”, mas sinalizaram a votação do projeto que reduz a desoneração da folha de pagamentos. “Tenho a avaliação de que deve ser encontrado o encaminhamento para a desoneração. Vamos ver”, disse Levy, ao deixar a residência do presidente do Senado.

Levy disse que tem havido uma convergência para encontrar uma pauta que mostre para onde o Brasil quer ir. “O presidente Renan e os senadores deram indicações de que estão preparando as condições para entrarmos nessa nova fase. Estamos aproveitando coisas que já estávamos fazendo para entrar nessa agenda mais formal”, acrescentou Levy.

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