O presidente da Repsol, Antonio Brufau, se declarou convencido de que um "novo governo argentino", que substituirá dentro de alguns anos o de Cristina Kirchner, negocie uma compensação a sua empresa pela expropriação da YPF.
Ao anunciar que a Repsol tem o desejo de negociar uma solução para a expropriação de 51% das ações de sua filial argentina, Brufau se declarou "convencido que mais cedo que tarde algo acontecerá na Argentina para que sentemos, certamente não com os dirigentes atuais".
"Acredito que existem políticos muito responsáveis na Argentina e espero que, em algum momento, sentem com todos aqueles que se sentiram prejudicados", afirmou Brufau em uma entrevista coletiva em Madri.
"Estou convencido de que o novo governo argentino negociará. Minha visão é que em três ou quatro anos nós deveremos ter solucionado este tema", completou.
Alegando falta de investimentos da Repsol na Argentina em um momento de forte déficit energético no país, o governo de Cristina Kirchner anunciou em abril a nova estatização da YPF, privatizada em 1999.
A Repsol, que avaliou sua participação na filial argentina em 10,5 bilhões de dólares, iniciou em maio, com uma notificação ao governo argentino, o procedimento para uma arbitragem internacional em busca de uma compensação financeira.