Copel rebate secretário e diz que ajudou a reduzir tarifa de energia

A Companhia Paranaense de Energia (Copel) publicou nota, nesta quarta-feira (5), para rebater a declaração do secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia (MME), Márcio Zimmermann. A empresa defende que, ao contrário do que foi dito pelo secretário, nesta terça-feira (4), ajudou a reduzir a tarifa de energia elétrica

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Em reação aos comentários da presidente Dilma Rousseff sobre a "falta de sensibilidade" dos governadores tucanos por não renovarem as concessões de energia em seus Estados, o governador do Paraná, Beto Richa (PSDB), acusou nesta quarta-feira (5) o governo federal de querer fazer "cortesia com o chapéu alheio".

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"Estou defendendo interesses do meu Estado. Não dá mais para perder receita", afirmou o tucano, que classificou a afirmação de Dilma como uma "desfaçatez". As elétricas do Paraná, São Paulo e Minas Gerais, controladas pelos governos estaduais, são apontadas pelo Planalto como responsáveis pelo fracasso da redução da tarifa de energia em 20% a partir de 2013, já que não aderiram à proposta federal.

Os Estados, por sua vez, afirmam que há questões técnicas e financeiras que justificam a decisão, e reclamam que iriam perder milhões em arrecadação de ICMS e em receita para as empresas.

Os governadores repetem o posicionamento do senador Aécio Neves (PSDB-MG), potencial candidato à Presidência em 2014, sobre a questão. Em discurso hoje no Senado, Aécio disse que o governo quer "reduzir o preço da energia às custas da insolvência do setor elétrico", e acusou o Planalto de não "cortar na própria carne".

Eles negam, porém, cunho político na decisão. "Não foi nada partidário, não tem boicote, nada disso", diz Richa.

Tanto ele como o governador de Minas, Antonio Anastasia, afirmam que os três Estados conversaram entre si no final de novembro sobre a decisão das elétricas, mas com um caráter apenas consultivo. "Foi uma decisão coincidente", diz Richa.

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Anastasia foi na mesma linha. "Não transformamos uma questão técnica em política. Tanto não é [uma decisão política] que nós [da Cemig] aderimos integralmente à renovação dos contratos da transmissão", disse.

Paraná e Minas ressaltam que os contratos de transmissão de suas elétricas foram renovados, e que apenas os de geração ficaram de fora.

"Me sinto muito chateado e constrangido ao afirmarem que não contribuímos para esta redução tarifária. Contribuímos, sim", diz o presidente da Copel (Companhia Paranaense de Energia), Lindolfo Zimmer.