Entre janeiro e setembro, as exportações do estado do Rio de Janeiro somaram US$ 13,7 bilhões, crescimento de 49% em relação aos primeiros nove meses do ano passado. Os dados fazem parte do boletim Rio Exporta, divulgado hoje (16) pela Federação das Indústrias do estado (Firjan). No mesmo período, as importações ficaram em US$ 12,1 bilhões. Com isso, o saldo comercial do estado ficou positivo em US$ 1,6 bilhão.
As informações do boletim constam da base de dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). Indicam que, em setembro, houve aumento das compras externas em todas as categorias pesquisadas. As importações fluminenses apresentaram crescimento de 74% em setembro, enquanto as exportações aumentaram 42% na comparação com setembro do ano passado. Nas vendas, o desempenho do petróleo (alta de 59%) capitaneou o avanço.
A compra de cerca de US$ 1 bilhão em insumos para uma nova indústria siderúrgica no estado fez com que, em setembro (e pelo terceiro mês consecutivo) as importações superassem as exportações fluminenses. O levantamento da Firjan mostra que, em setembro, as importações somaram US$ 1,9 bilhão, US$ 199 milhões a mais do que os US$ 1,7 bilhão exportados pelas industrias do estado. No terceiro trimestre, as importações acumularam US$ 5,1 bilhões, recorde histórico segundo a Firjan.
Ao comemorar o saldo positivo no resultado acumulado do ano, o gerente de Pesquisa Econômica da Firjan, Guilherme Mercês, destacou as exportações na indústria da cadeia de material de transportes (de veículos em geral, mecânica e borracha). "Com isso, o resultado acumulado até setembro já supera o desempenho de todo o comércio exterior do ano passado", disse ele à Agência Brasil.
Para alcançar o crescimento de quase 50% no valor exportado, foi decisiva a recuperação dos preços no mercado internacional, uma vez que, em volume, o aumento das exportações foi de apenas 1%. Quase metade desse crescimento em valores foi, segundo Mercês, decorrente da recuperação dos preços pós-crise financeira internacional. "Você teve o efeito preço, decorrente da crise, que jogou as exportações para baixo e, agora, quando a economia retoma o seu ritmo, você tem essa recuperação de preços que leva à aceleração das exportações, mesmo com a quantidade de volume exportado se mantendo praticamente estável".
A China seguiu como principal destino das exportações do estado do Rio, em setembro.