A taxa de desemprego em Curitiba e região no último mês de julho ficou em 5,6%, e é a menor calculada para o mês desde 2003, quando teve início a série histórica. A conclusão é da Pesquisa Mensal de Emprego (PME), realizada pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes) em parceria com o IBGE, cujos resultados foram divulgados na manhã desta sexta-feira (18). Ainda de acordo com o levantamento, a taxa de desemprego na região metropolitana de Curitiba ficou 2,4 pontos porcentuais abaixo da média nacional (8%) e figura como a menor dentre outras seis regiões pesquisadas.
Conforme divulgou o Ipardes, as demais regiões metropolitanas apresentaram os seguintes índices: Porto Alegre (5,8%); Belo Horizonte (6,1%); Rio de Janeiro (6,3%); São Paulo (8,9%); Recife (10,2%); Salvador (11,4%).
O índice de desemprego na Grande Curitiba em julho ficou 0,4 ponto porcentual acima do mês de junho, quando foi calculada taxa de 5,2%, mas caiu 0,2 ponto na comparação frente ao mesmo mês do ano passado (5,8%). O rendimento médio das pessoas ocupadas na região da capital paranaense foi de R$ 1.342,20, o que representa aumento de 7,4% em um ano (era R$ 1.249,52).
Segundo o Ipardes, os setores que impulsionaram aumento do rendimento médio foram a administração pública, com ganho de 16,55%; comércio; reparação de veículos automotores e de objetos pessoais; domésticos; e comércio a varejo de combustíveis, com acréscimo de 12,3% e serviços domésticos cuja alta foi 12,07%.
A construção civil foi o setor que mais empregou no mês de julho frente ao mês anterior, com acréscimo de 14,1% (aumento de 14 mil trabalhadores). Os demais setores mantiveram-se estáveis, segundo a pesquisa. Já em relação a julho de 2008, apenas serviços domésticos apresentou declínio no número de empregados houve queda de 19,2%, o que representa menos 20 mil pessoas.
Formalidade
O estudo aponta ainda aumento na formalização dos empregos. No setor privado, o número de empregados sem carteira caiu 12,6% em um ano, representando menos 20 mil pessoas no confronto com julho do ano passado. No mesmo intervalo de tempo, o número de trabalhadores registrados, que era de 715 mil, teve acréscimo de 24 mil pessoas (alta de 3%). Os dados de trabalhadores por conta própria (279 mil) e de empregadores (80 mil) mantiveram-se estáveis, tanto em relação a junho deste ano quanto a julho de 2008.
População em idade ativa
O número de pessoas de 10 anos ou mais de idade, que compõe a População em Idade Ativa (PIA), foi estimado em 2,615 milhões no mês de julho na região metropolitana de Curitiba. Esse dado representa aumento de 64 mil pessoas em relação a julho de 2008. Apesar da proibição legal, o trabalho infantil, a partir de 10 anos de idade, é considerado pelo IBGE para o cálculo da PIA, por ser uma prática ainda explorada.
Do total de pessoas em idade ativa na Grande Curitiba, 59,3% compunha-se de pessoas economicamente ativas (PEA) ocupadas ou desocupadas e 40,7% de não-economicamente ativas (PNEA), que inclui incapacitados, estudantes, donas de casa, e desalentados (desempregados que não buscam emprego há mais de um mês).
- Trabalho estava em alta no pré-crise, aponta IBGE
- Lula diz que Brasil pode gerar mais de 1 milhão de empregos em 2009
- Renda média real do brasileiro sobe 1,7% em 2008
- Desigualdade de renda cai 9% no país em dez anos, diz IBGE
- Paraná zera demissões da crise
- Paraná é o estado que mais criou vagas de trabalho no Sul do país
- Emprego formal tem o melhor agosto desde 1992