As últimas rodovias estaduais do Paraná que ainda permaneciam bloqueadas foram liberadas na noite desse sábado (28). De acordo com o Batalhão de Polícia Rodoviária Estadual, o trafego foi liberado às 19 horas. Até as 21h30, porém cinco rodovias federais continuam com trechos interditados.
A Justiça estadual do Paraná determinou neste sábado (28), por meio de decisão liminar, a liberação de parte das rodovias estaduais que estão sendo alvo de bloqueios dos caminhoneiros desde a última semana. Ao todo, dos 27 pedidos de liminar judicial feitos nesta sexta (27) pela Procuradoria-Geral do Paraná (PGE), 17 foram concedidos pela Justiça estadual. O poder judiciário autorizou a ajuda da polícia para assegurar o cumprimento da decisão.
Confira quais rodovias seguiam interditadas até as 16 horas deste sábado (28):
Rodovias federais
- BR 373, km 478, em Coronel Vivida
- BR 487, km 197, em Campo Mourão
- BR 272, km 365, em Campo Mourão
- BR 376, km 135, em Nova Esperança
- BR 277, km 452, em Laranjeiras do Sul
De acordo com o documento da decisão, os motoristas que impedirem a passagem de veículos podem pagar multa de R$ 10 mil reais por hora de desobediência. A Confederação Nacional dos Transportes Autônomos (CNTA), a Federação Interestadual dos Transportadores Rodoviárias Autônomos de Bens (Fenacam), e o Sindicato dos Transportes Rodoviários Autônomos de Bens do Estado do Paraná (Sindicam), também podem pagar multa de R$ 100 mil reais por hora em casa de descumprimento.
Como a justiça trabalha em regime de plantão, o número de liminares aprovadas pela Justiça ainda pode aumentar neste fim de semana.
Negociação
Na quarta-feira (25), sindicatos e associações aceitaram a proposta do governo para acabar com a paralisação. Mas, como a categoria está dividida e não há uma liderança centralizada, alguns motoristas mantêm os bloqueios mesmo após o acordo, alegando que não participaram das negociações.
Entre os pontos que foram acertados entre o governo e alguns caminhoneiros está a sanção integral da Lei do Caminhoneiro, que regulamenta a profissão de motorista, e o compromisso da Petrobras de que o diesel não sofrerá reajuste nos próximos seis meses. Os motoristas querem também a fixação de uma tabela com preço de referência do frete.
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