A SABMiller, segunda maior cervejaria do mundo, recusou o mais nova oferta de aquisição feita pela AB Inbev, de aproximadamente US$ 104 bilhões. A proposta veio a público nesta quarta-feira (7) e já foi rechaçada pela companhia, que ainda considera o preço proposto, de 42,15 libras por ação, muito baixo.
A AB Inbev disse em comunicado que pagaria 42,15 libras em dinheiro pela ação da SABMiller, já tendo feito duas ofertas anteriores de 38 e 40 libras. Segundo informações publicadas na terça-feira, acionistas da concorrente pedem 45 libras por ação.
Antes de refutar a aquisição, o presidente do Conselho da SABMiller, Jan du Plessis, descreveu sua companhia como “a joia da coroa da indústria de cervejas global”. “A AB InBev precisa da SABMiller, mas fez propostas oportunstas e altamente condicionais, elementos que foram deliberadamente considerados como não atrativos por muitos de nossos acionistas. A AB InBev está substancialmente subvalorizando a SABMiller”, disse.
A recusa coloca em conflito os maiores acionistas – o Altria Group, com 27% das ações da empresa, apoia a fusão dos negócios. Em um comunicado ao mercado que não era assinado pelo Altria, o conselho da SABMiller declarou que a proposta “subvaloriza de forma substancial” a companhia.
Já a AB Inbev deve insistir na negociação, com uma nova proposta nos próximos dias. O CEO da maior cervejaria do mundo, Carlos Brito, disse a analistas que era importante colocar publicamente a proposta para tentar convencer os acionistas da SABMiller sobre o valor da oportunidade colocada na mesa.
Empresas
A SABMiller detém marcas como Peroni e Grolsh. Já a AB InBev é dona de marcas como Budweiser e Stella Artois e tem os brasileiros Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Beto Sicupira entre os seus principais acionistas.
Caso se concretizasse, a fusão criaria uma empresa de US$ 265 bilhões que responderia por uma em cada três garrafas de cerveja produzidas no planeta. Seria também uma das maiores tomadas de controle acionário da história, e a maior em um ano que já vem sendo o mais forte em termos de transações de grande valor desde 2007.
O negócio, porém, certamente enfrentaria questões com as autoridades regulatórias, especialmente nos mercados americano e chinês. O Departamento da Justiça dos EUA poderia obrigar a SAB a vender sua participação na MillerCoors, nos EUA, e o novo grupo teria que abrir mão dos 49% da SAB em uma associação que opera na China.
Outro complicador é que a SABMiller é a maior engarrafadora da Coca-Cola no mundo, enquanto a AB InBev tem acordos com a rival PepsiCo.
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