A Sanepar divulgou um programa de investimentos de R$ 1,8 bilhão para ser executado até o fim do ano que vem. Em 2016, os investimentos serão de R$ 979 milhões e, em 2017, R$ 909 milhões. A empresa não detalhou a divisão dos investimentos entre as duas áreas em que atua: distribuição de água e coleta e tratamento de esgoto.
INFOGRÁFICO: Veja a evolução dos investimentos da Sanepar
Em 2015, de acordo com o Relatório Anual de Administração, a Sanepar investiu R$ 795 milhões. Deste montante, 37,8% foram para a distribuição de água; 56,2% para o tratamento de esgoto; e 6% foram destinados a outras áreas. Houve uma queda de 17% em relação a 2014, quando os investimentos somaram R$ 954 milhões. Segundo o diretor de Investimentos da companhia, João Martinho Cleto Reis Júnior, a Sanepar está cumprindo o que foi proposto pelo Plano Plurianual de Investimentos. “O cenário econômico negativo afeta a economia como um todo e a Sanepar não é uma ilha, mas fizemos as adequações necessárias e seguimos dentro do planejado”, afirma.
A empresa encerrou o ano de 2015 com uma receita operacional líquida de R$ 2,9 bilhões, 13,5% maior que em 2014. O lucro líquido da companhia foi de R$ 438 milhões, um aumento de 4% em relação ao mesmo período. De acordo com o relatório apresentado pela Sanepar, o resultado foi influenciado pelo reajuste tarifário de 12,5% e pela revisão tarifária extraordinária de 8%.
Crise hídrica
A crise hídrica é um dos fatores que tem norteado os investimentos da empresa. Segundo o relatório divulgado, mesmo com o cenário desfavorável, a Sanepar conseguiu manter o volume de captação e fornecimento de água em virtude da “riqueza hídrica do estado”. Entretanto, a falta de água em outras regiões levou os consumidores a reduzirem o consumo e isso se refletiu no volume faturado de água, que se manteve estável, mesmo com o crescimento do número de clientes. “A crise hídrica afetou de forma determinante os investimentos da Sanepar. O problema afetou um estado vizinho e isso trouxe preocupação e alerta para a companhia. Nós pautamos nossos investimentos para evitar o desabastecimento em planos diretores que projetam um cenário de 30 anos para não sermos surpreendidos por demandas futuras”, diz Reis Junior.
Uma das metas que tem concentrado esses investimentos da companhia é a redução do índice de perda de água. A Sanepar avalia que uma eventual insuficiência de investimentos nesse setor pode dificultar a redução desse índice de desperdício – que atualmente é considerado razoável – e afetar o fluxo de caixa, os resultados operacionais e a situação financeira da empresa. De 2012 a 2015, as perdas caíram de 247 para 225 litros por ligação por dia.
Bolsonaro e mais 36 indiciados por suposto golpe de Estado: quais são os próximos passos do caso
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
A gestão pública, um pouco menos engessada
Projeto petista para criminalizar “fake news” é similar à Lei de Imprensa da ditadura
Reforma tributária promete simplificar impostos, mas Congresso tem nós a desatar
Índia cresce mais que a China: será a nova locomotiva do mundo?
Lula quer resgatar velha Petrobras para tocar projetos de interesse do governo
O que esperar do futuro da Petrobras nas mãos da nova presidente; ouça o podcast