O governo federal liberou R$ 9,95 bilhões para o pagamento do seguro-desemprego no primeiro semestre deste ano, o que representa recorde de ambos os mandatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ou seja, desde 2003, informou nesta quinta-feira (23) o ministro do Trabalho, Carlos Lupi.
Segundo ele, a ampliação do seguro-desemprego em mais duas parcelas para mais de 100 mil trabalhadores, além do aumento do salário mínimo, elevaram o valor do pagamento do seguro-desemprego no primeiro semestre. Entretanto, admitiu que a crise financeira também contribuiu para o resultado.
"Tivemos um grande volume de demitidos em dezembro que começam a receber o seguro-desemprego a partir de janeiro e fevereiro. Até dar entrada e receber, demora 45 a 60 dias. Depende de cada caso. Isso é muito positivo. É mais dinheiro na economia. Quando o trabalhador recebe esse dinheiro, ele vai comprar alguma coisa. É investimento e vai direto para quem tem mais necessidade", disse ele.
Seguro-desemprego
O seguro-desemprego pode ser requerido por todo trabalhador dispensado sem justa causa, por aqueles cujo contrato de trabalho foi suspenso em virtude de participação em curso ou programa de qualificação oferecido pelo empregador; por pescadores profissionais durante o período em que a pesca é proibida devido à procriação das espécies e por trabalhadores resgatados da condição análoga à de escravidão. Segundo o Ministério do Trabalho, cerca de 600 mil trabalhadores recebem o seguro-desemprego mensalmente.
Valor do seguro desemprego
O valor mínimo do seguro-desemprego é, atualmente, de R$ 465 (salário mínimo) e o máximo é de R$ 870. O valor médio de pagamentos é de R$ 595. O valor do seguro-desemprego é calculado com base nos três últimos salários de cada trabalhador. Normalmente, o prazo de pagamento é de três a cinco meses.
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