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Crédito

Selic cai a 9% e Brasil já não tem a maior taxa real do mundo

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O Comitê de Política Mo­netária do Banco Central (Co­­pom) anunciou ontem a redução de 0,75 ponto porcentual na taxa básica de juros, a Selic. Com a decisão, que foi unânime, a taxa caiu para 9% ao ano. Este é a menor taxa de juros registrada em dois anos, desde abril de 2010, quando estava em 9,5%.

Com a decisão, o Brasil perdeu o título de campeão de juros reais (taxa que desconta a inflação) do mundo, posição que ocupava desde janeiro de 2010. Agora, a Rússia está na primeira posição do ranking com juros reais de 4,2%, enquanto a taxa no Brasil é de 3,4%. Os dados são de um ranking elaborado pela corretora Cruzeiro do Sul, com 40 das maiores economias do planeta.

A redução nos juros, a sexta consecutiva, segue as indicações dadas pelo próprio Copom em suas duas últimas atas, quando a autoridade monetária afirmou que a taxa apontava para uma "elevada probabilidade" de se deslocar e se estabilizar no patamar "ligeiramente acima dos mínimos históricos" – registrados em 2009, quando a Selic chegou a 8,75%.

Como os cenários econômicos já apontavam para mais uma queda na taxa, o mercado tenta descobrir agora qual a sinalização para o futuro: se os juros continuam caindo, se serão mantidos neste patamar ou se devem iniciar um movimento de alta – o que é possível se inflação voltar a subir, apoiada nas medidas de estímulo ao consumo anunciadas pelo governo após o desaquecimento da economia.

A inflação caiu cerca de 2 pontos porcentuais de setembro a março, quando passou de 7,3% para 5,2% em 12 meses.

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