O ministro do Petróleo do Irã, Rostam Ghasemi, advertiu nesta terça-feira (21) aos países da União Europeia (UE) que a República Islâmica cortará o fornecimento de petróleo ao bloco caso não haja contratos de longo prazo e com o pagamento garantido, informou a agência de notícias local "Fars".
Segundo a fonte, Ghasemi pediu aos países europeus importadores de petróleo iraniano que adotem rapidamente uma decisão sobre esses contratos, sob o risco de sofrerem o corte de petróleo tal como ocorreu no domingo com França e Reino Unido, considerados por Teerã os principais promotores das sanções.
"Adotamos a decisão em nosso próprio país e sancionamos os estados hostis (França e Reino Unido). Se outros países europeus não evidenciarem a decisão de assinar contratos a longo prazo com o Irã, Teerã tomará a mesma decisão com eles", ressaltou Ghasemi.
As medidas reivindicadas por Ghasemi - que segundo disseram à Agência Efe várias fontes diplomáticas europeias, significariam a assinatura de contratos de compra de petróleo de dois a cinco anos, com garantia de transferência do pagamento - são incompatíveis com as últimas sanções aprovadas pela União Europeia ao Irã.
No dia 23 de janeiro, a UE aprovou uma proibição de compra de petróleo ao Irã a partir do dia 1º de julho e novas sanções financeiras que praticamente impossibilitarão as transferências bancárias dos 27 países-membros ao Irã e vice-versa, caso a República Islâmica insista em manter ativo seu programa nuclear, considerado com fins bélicos pela comunidade internacional.