A greve dos bancários completa 16 dias nesta quinta-feira (22) e, segundo balanço da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramos Financeiro (Contraf-CUT), 13.398 agências ficaram fechadas no país nos últimos dias, além de 40 centros administrativos, o que corresponde a 57% dos locais de trabalho.
Nesta quarta-feira (21), 11 centros administrativos e 374 agências bancárias estavam fechadas em Curitiba e Região Metropolitana, totalizando mais de 15,6 mil funcionários parados, segundo o Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região.
A Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), não divulga números da paralisação. Por enquanto, não há nova rodada de negociações marcada.
Em nota, a Contraf afirma que “os bancários intensificaram a greve em todo o país em resposta ao silêncio intransigente dos banqueiros, que se negam a retomar as negociações e apresentar proposta decente, que contemple as reivindicações da categoria”, afirma o texto. Segundo a Contraf-CUT, esta é a paralisação com maior adesão da história.
Bancos e trabalhadores já se reuniram oito vezes sem chegar a um acordo. As instituições oferecem 7% de reajuste salarial e os bancários querem 14,78%.
Impasse
A data-base dos bancários é 1º de setembro. A pauta de reivindicações foi entregue pela categoria no dia 9 de agosto. Depois de cinco rodadas de negociação, os bancos formalizaram no dia 30 de agosto sua primeira proposta: de reajuste de 6,5% e abono de R$ 3 mil.
Foi aí que os bancários decidiram pela greve. No primeiro encontro na mesa de negociação após o início da mobilização, a Federação dos Bancos (Fenaban) melhorou a proposta para os atuais 7%. Nas duas reuniões seguintes os bancos mantiveram sua oferta.
A categoria também reivindica participação nos lucros e resultados de três salários mais R$ 8.297,61; piso salarial de R$ 3.940,24; vales-alimentação, refeição, décima-terceira cesta e auxílio-creche/babá no valor do salário mínimo nacional (R$ 880); 14º salário; fim das metas abusivas e assédio moral; fim das demissões, ampliação das contratações, combate às terceirizações e à precarização das condições de trabalho; mais segurança nas agências bancárias e auxílio-educação.
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