Sem nenhuma proposta por parte da Volvo Caminhões, os funcionários da empresa decidiram, em uma nova assembleia realizada na manhã desta quarta-feira (16), manter a greve, que está em seu segundo dia, por tempo indeterminado, diz o Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba (SMC).
Uma nova reunião foi marcada para esta quinta-feira (17), às 8 horas, em frente a fabrica. Segundo o SMC, a empresa ainda não entrou em contato para apresentar uma contraproposta.
O sindicato afirmou que 100% dos operários da empresa aderiram à paralisação. Com isso, deixam de ser fabricados por dia 116 veículos, entre ônibus e caminhões. Segundo a empresa, seis mil pessoas trabalham na indústria. Apenas serviços essenciais como segurança patrimonial e trabalhos administrativos foram mantidos, mas toda a linha de produção da empresa está parada.
Reivindicações
Os metalúrgicos não abrem mão de receber R$ 18 mil como Participação nos Lucros e Resultados (PLR). O valor seria divido em duas parcelas. Em setembro, os trabalhadores negociariam com a empresa o abono salarial.
A Volvo, por sua vez, oferece como PLR o mesmo valor pago no ano passado: R$ 15 mil. Além disso, a empresa já propôs abono salarial de R$ 6 mil, além de 2,51% de aumento real.
Em nota encaminhada à imprensa, a Volvo alega que o valor reivindicado pelos trabalhadores "está fora da realidade do mercado". "Mesmo a proposta mínima ofertada pela Volvo já seria excelente, equilibrada e economicamente coerente", ressalta o comunicado.
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