O Senado dos Estados Unidos encerrou na noite de segunda-feira (9) o debate sobre o pacote de estímulo econômico e agendou a votação na Casa para às 15 horas (de Brasília) desta terça-feira. O pacote a ser votado teve seu custo estimado revisado para US$ 838 bilhões pelo apartidário Escritório Orçamentário do Congresso, acima da estimativa anterior de US$ 827 bilhões.

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Três republicanos votaram na segunda com a maioria democrata para atingir os 60 votos necessários para que o debate fosse encerrado e a proposta pudesse seguir para votação em toda a Casa. Na votação desta terça, também são necessários 60 votos para que o projeto de lei seja aprovado no Senado.

Se o projeto passar, começam quase que imediatamente as discussões para resolver as diferenças entre a proposta do Senado e a versão da Câmara, de US$ 819 bilhões.

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O apoio dos três senadores republicanos moderados na votação de procedimento de ontem - Susan Collins, Olympia Snowe e Arlen Specter - foi conseguido após negociações durante a semana passada. Mais de US$ 100 bilhões foram cortados da versão original do Senado para obter o apoio dos republicanos.

Negociações

Com o projeto de pacote econômico dos Estados Unidos aprovado na Câmara no fim de janeiro e a provável aprovação da versão do Senado na tarde desta terça, as duas Casas se preparam para resolver nos próximos dias as divergências entre as propostas e chegar a um projeto único final.

Líderes democratas querem que as negociações sejam concluídas nesta semana para que o projeto de lei final chegue às mãos do presidente norte-americano, Barack Obama, até o começo da próxima semana. Obama já afirmou, no mês passado, que o pacote de recuperação econômica deveria ser concluído até o Dia do Presidente, na próxima segunda-feira (dia 16).

O plano do Senado, de US$ 838 bilhões, e o plano da Câmara, de US$ 819 bilhões, têm quase o mesmo tamanho e contêm combinações similares de cortes de tributos para empresas e indivíduos, incluindo propostas para ajudar empresas a obter novas restituições de imposto por meio da compensação com prejuízos em anos anteriores. Os planos também incluem aumento nos gastos do governo, levantamento de fundos para benefícios de desemprego, assistência alimentar para os pobres e investimentos para criação de empregos em construção de pontes e rodovias, entre outras coisas.

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Mas as versões divergem em áreas importantes. O projeto do Senado incluiu, por exemplo, dois benefícios tributários bastante custosos que não constam na versão da Câmara. Já a proposta da Câmara tem uma provisão para o setor imobiliário bem menor, de US$ 2,5 bilhões. A versão do Senado inclui ainda uma proposta de US$ 69 bilhões para evitar que o imposto mínimo alternativo atinja os norte-americanos de média renda. As informações são da Dow Jones.