A senadora Kátia Abreu (DEM-TO) foi eleita nesta quarta-feira (12) presidente da Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). Foram 26 votos favoráveis à candidatura da senadora e um voto em branco. No total, os 27 presidentes das federações estaduais tiveram direito a votar.
Em sua primeira entrevista como presidente da entidade, a senadora apoiou duas propostas defendidas na terça-feira pelo ministro da agricultura, Reinhold Stephanes. O ministro defendeu a ampliação do prazo para pagamento das operações de Adiantamento de Contrato de Câmbio (ACC) e a redução dos encargos financeiros das Cédulas do Produto Rural (CPR). "Esse é um caminho acertado", afirmou a senadora.
Ela defendeu o reajuste dos preços mínimos de garantia e disse que o governo não deverá vetar a emenda apresentada pelo senador Gilberto Goellner (DEM-MT), que eleva de R$ 2,5 bilhões para R$ 4 bilhões os recursos para política de apoio à comercialização da safra de grãos de 2009.
A senadora defendeu que o governo mantenha os recursos para apoio à comercialização, ressaltando que é um instrumento da política agrícola "poderoso e eficaz". "O momento é muito grave e se nada for feito será muito mais grave no ano que vem."
Kátia também falou sobre o posicionamento político que a CNA terá a partir de agora, ocupando uma cadeira no Senado Federal. "Sou democrata e continuo na oposição", afirmou. Ela disse, no entanto, que a presidência da CNA não será usada de forma política. "O partido Democratas não vai presidir a CNA, eu posso garantir."
Ela disse ainda que a sua gestão estará voltada para os interesses do setor rural. Segundo ela, os associados da CNA somam 1,2 milhão de produtores rurais, dos quais 56% são pequenos proprietários rurais, donos de áreas de até dois módulos fiscais, Do universo de associados, 32% são médios produtores e 12% grandes.
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