Para o governador de São Paulo, no momento em que o país vive uma crise de confiança que ameaça o emprego, a decisão do BC foi um erro| Foto: Pedro Serapio/Gazeta do Povo

O governador de São Paulo, José Serra (PSDB), anunciou nesta quinta-feira (11) em Itaquera, na Zona Leste, o novo trem do Metrô que deverá entrar em circulação a partir de março de 2009. Ao lado do prefeito da capital, Gilberto Kassab (DEM), Serra também anunciou novo pacote para estimular a economia e criticou a decisão do Banco Central de manter a taxa básica de juros em 13,75%.

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Serra afirmou que vai aplicar R$ 12 bilhões na expansão do Metrô e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) até 2010.

"É a maior compra de trens que já se fez em São Paulo, no Brasil e uma das maiores do mundo. Estamos fazendo uma remodelação acelerada. O governo do estado investe cerca de 20 bilhões em Metro e CPTM", disse o governador.

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O governador paulista disse que vai anunciar nesta sexta-feira (12) um pacote de incentivos fiscais e questionou a decisão do Banco Central de manter a taxa de juros básica em 13,75% ao ano. "A esfera do governo do estado é muito mais limitada do que a do governo federal, mas dentro das nossas possibilidades estamos realmente preparando outras medidas adicionais. Vamos concluir isso até hoje (nesta quinta-feira) à noite. "

Serra deixou claro que no momento em que o país vive uma crise de confiança que ameaça o emprego, a decisão do Banco Central de manter os juros em 13,75% é um equívoco.

"A nossa preocupação fundamental realmente é a preocupação com o emprego. Nós temos que manter a atividade econômica funcionando e, acima de tudo, confiança. Hoje o problema número 1 da economia brasileira chama-se confiança. A decisão do Banco Central de ontem (quarta-feira) manter essa taxa de juros que é a mais alta do mundo, contra a opinião de todo mundo que entende de economia, não é uma medida que ajuda a restabelecer a confiança na economia. Foi um equívoco. Já deviam ter começado a reduzir."

Serra criticou os responsáveis pela decisão. "É um problema de conhecimento insuficiente da economia e também uma questão psicológica curiosa: quando tem pressão, dizem que não podem fazer para não dizer que estão se submetendo à pressão.Como se questão psicológica fosse mais importante do que a economia brasileira. Foi um erro profundo o de ontem."

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